O senador Wellington Fagundes (PL) demonstrou interesse em concorrer ao Governo do Estado nas eleições gerais de 2026 e já começa a articular alianças. Em conversa com jornalistas, Fagundes comentou que já deixou nome a disposição do seu partido para encarar a disputa e espera ter apoio do grupo político do governador Mauro Mendes (União) no projeto como aconteceu no ano passado, em que conseguiu se reeleger ao Senado Federal com o governador em seu palanque.
“Eu tive ontem com o Gallo [Rogério, secretário de Fazenda] também, eu falei: 'fui eleito senador, foi muito importante o Mauro Carvalho ser meu suplente. Quem sabe você já pode ser meu vice'”, comentou, durante entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 19 de outubro, no Palácio Paiaguás.
“Já coloquei [nome para avaliação], já está colocado há muito tempo. Termina uma eleição, começa outra. Por isso que eu disse isso, foi muito importante. Eu acho que o Mauro Carvalho está fazendo um bom trabalho. Tudo isso converge para uma possibilidade de uma candidatura minha. Agora, candidatura você não pode impor”, complementou.
Faltando três anos para eleição geral, Wellington articula o projeto com a intenção de ser o nome de consenso entre os partidos que compõem o arco de aliança de Mauro Mendes, como o PSB, Republicanos, MDB, PDT, PSDB/Cidadania e o União Brasil. Com isso, evitaria qualquer desconforto mais à frente.
Além disso, uma vitória sua na eleição pode beneficiar um aliado do governador, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, que é primeiro suplente de Fagundes e ocupa atualmente a cadeira dele no Senado Federal, como suplente.
Um dos desafios que Fagundes teria que enfrentar é convencer a direita bolsonarista do Estado, que não se animou com sua reeleição. Wellington chegou a ser vaiado por bolsonaristas durante encontros realizados pelo PL em Mato Grosso. O grupo critica a postura amena do senador que, após vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tem feito oposição dura, optando por uma estratégia de aproximação, principalmente com os ministros de Estado.