Eleito na eleição suplementar, Carlos Fávaro (PSD) tomou posse nesta terça-feira (15) como senador da República. Desde abril deste ano, ele ocupa interinamente a cadeira no Senado Federal após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a cadeira de Selma Arruda não ficasse vazia. Ela foi cassada em dezembro de 2019 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e prática de caixa 2.
Fávaro recebeu 371.857 votos, o que representou 25,97% do total dos votos válidos.
Em seu discurso, Fávaro disse que estava feliz pela segunda posse, no mesmo ano, no mandato de senador. Ele ainda comentou que sofreu a mesma penalidade de quem cometeu um crime eleitoral depois de ter os seus votos da eleição de 2018 anulados.
“Disputei duas eleições. Sofri a mesma penalidade de quem cometeu um crime eleitoral sofreu, a de ter os seus votos anulados. Só que, diferentemente, eu tinha os meus votos válidos e minhas contas aprovadas, mas, no dia 15 de novembro deste ano, esses votos foram anulados. Todavia, o povo de Mato Grosso me deu uma expressiva votação e me reconduziu a esta Casa neste momento”, disse.
Ele comentou que sua vitória foi baseada na “boa política” e não da eleição do Whatsapp, do desconhecido. “Foi a eleição de quem tem time, de quem tem companheiros”, ressaltou.
“Talvez os números da eleição não reflitam a eleição difícil que tivemos no Estado de Mato Grosso, mas tenham a certeza de que trabalhei muito, sem descanso. Levei ao povo de Mato Grosso uma mensagem dos sete meses que vivi aqui nesta Casa, uma mensagem de comprometimento desta Casa com o povo brasileiro neste momento de pandemia”, destacou.
Ele ainda comentou que durante a campanha eleitoral sentiu muita aflição no rosto da população mato-grossense, mas que também percebeu nos olhos das pessoas esperança de dias melhores.
O senador comentou que agora vai trabalhar pelas reformas administrativas e tributárias e pela regularização fundiária.
“Estamos aqui hoje de volta para trabalhar muito, trabalhar pelas reformas que o Brasil precisa, a reforma tributária, a reforma administrativa; continuar lutando pela regularização fundiária; eu, que venho de uma pequena propriedade, de um assentamento de reforma agrária, sei o quanto falta uma nova regularização fundiária mais leve e tenho falado muito sobre isso com o meu amigo Irajá, Senador por Tocantins, para que nós possamos levar a carta de alforria aos pequenos produtores deste País”, disse.