A vereadora Edna Sampaio (PT) comentou a discussão feita pelo governador Mauro Mendes (DEM) com os vereadores nesta quinta (22), quando ele reuniu os parlamentares para apresentar os relatórios que embasaram decisão do governo de trocar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo BRT (Ônibus de Trânsito Rápido).
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Por meio de sua rede social, ela opinou que o debate sobre a troca de modal não deveria ter tanta relevância neste momento, diante dos números alarmantes de mortes causadas pela Covid e do colapso dos serviços de saúde.
“O governador, como sempre, já tomou sua decisão e, novamente, fomos apresentados aos estudos técnicos encomendados para demonstrar o quanto o BRT é mais vantajoso. A esta altura da nossa vida e do agravamento da pandemia, para mim já se tornou irrelevante saber o que é melhor, se é o BRT o VLT”, disse ela.
“O que me interessa mesmo é discutir como salvar as vidas das pessoas aqui e foi essa questão que eu levantei para o governador, causando até um certo constrangimento, pois não era a pauta”.
Edna Sampaio salientou o fato de Mendes anunciar investimentos recordes em infraestrutura, da ordem de R$ 3 bilhões, e disse ter, então, questionado sobre o que será feito em relação ao crescimento da Covid no Estado. Segundo ela, Mato Grosso e Cuiabá apresentam taxas de óbitos a cada 100 mil habitantes que já concorrem com as apresentadas por alguns países.
“Perguntei a ele o que o governo do estado vai fazer para se articular com a capital e poder fazer o enfrentamento adequado da pandemia. Lamentavelmente, o governo está convencido de que tudo o que tem sido feito já é suficiente, para dizer que estão fazendo a parte deles. Ora, a parte deles é salvar vidas. Se tudo o que foi feito não resultou em salvar vidas, não foi suficiente”.
A vereadora lamentou que o tema da pandemia tenha sido substituído, na pauta, pela discussão de um assunto que diz mais respeito aos interesses do empresariado, alertando governo e prefeitura sobre a necessidade de se articularem para discutir políticas públicas.
“Não é a vida das pessoas que estamos discutindo, mas os negócios dos empresários. É óbvio que não somos contra o empresariado, mas não podemos agir como se nada estivesse acontecendo, como se não fosse responsabilidade do estado e do município salvar a vida das pessoas”.