O conselheiro do Tribunal de Conta de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, afirmou que atualmente as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão servindo de hotelaria para os pacientes. Nesta segunda-feira, 9, ele disse que a Saúde de Cuiabá e Várzea Grande está um caos e que a situação vai continuar mesmo com a troca de gestão, devido à superlotação nas unidades de saúde e nos hospitais.
“Há baixíssima resolutividade. O cidadão é internado e não há resolutividade, o problema dele não se resolve. Ele fica ali uma semana, 10 dias, 15 dias internado sem que o seu problema, que muitas vezes é simples, seja resolvido. Então há superlotação em todas as UPAs. Hoje a UPA já virou hospital! Hoje a UPA já virou hotelaria para a saúde! Então, hoje nós estamos totalmente colapsados”, afirmou.
Sérgio Ricardo esteve em reunião com autoridades e representantes das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande para tratar sobre o caos na saúde dos dois municípios. Ele sugeriu que os prefeitos das duas cidades, Emanuel Pinheiro (MDB) e Kalil Baracat (MDB), respectivamente, se reúnam com os seus sucessores - Abilio Brunini (PL) e Flávia Moretti (PL) -, que assumem o mandato em 1º de janeiro, para discutir soluções para a saúde pública dos dois municípios.
“Hoje nós temos um caos na saúde, um caos que já vem se alongando, então nós estamos aí com o ano inteiro de caos. Ele não vai acabar, o caos vai continuar. São os servidores sem receber seus salários, não há previsão para pagamento de 13º, não há previsão de pagamento das empresas que prestam serviços, não há previsão de dinheiro para comprar medicamentos, porque dia 31 sai um prefeito, no dia primeiro as pessoas vão continuar precisando de um medicamento lá nos hospitais”, disse.
