O conflito no diretório do MDB de Cuiabá deve permanecer por mais algum tempo. O presidente estadual da sigla, Carlos Bezerra, comentou que o partido não está discutindo os assuntos que provocaram o racha. Enquanto isso, ele aguarda a situação ficar mais amena para tentar resolvê-la.
A reunião das lideranças do partido com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, deve acontecer somente após eleição da Mesa Diretora da Câmara Federal, prevista para o dia 1º de fevereiro.
“O Emanuel ficou de falar comigo e não me procurou até hoje. Estou aguardando pelos acontecimentos, está tudo paralisado aqui. Vamos deixar passar a eleição da presidência da Câmara, mês de fevereiro, adiante, vamos tratar disso”, disse Bezerra.
A relação no MDB ficou estremecida antes da eleição municipal. Entre os motivos que levaram a isso está a candidatura do filho de Emanuel Pinheiro, o deputado federal Emanuelzinho (PTB), a prefeito de Várzea Grande, sendo que o partido jpa tinha um postulante à vaga.
Durante o período eleitoral algumas lideranças do MDB no Estado, como a deputada estadual Janaina Riva, declararam apoio ao adversário de Pinheiro, Roberto França (Patriota). Pinheiro conseguiu ser reeleito prefeito da Capital, mas os problemas com seu partido continuaram, após o anúncio de mudança na presidência do diretório de Cuiabá.
“Houve um bombardeio, depois da eleição, do pessoal dele pra cima do partido. Esse bombardeio deu o sintoma de que ele ia sair, porque bombardeou o partido, ele e o pessoal dele, e tomou posição no partido já prevendo a saída dele. Agora ele diz que não quer sair, só quer marcar para conversar, mas não conversamos até hoje”, disse.
CRÍTICAS - Carlos Bezerra disse que Emanuel cometeu um erro político o comentário ao criticar a bancada do partido na Assembleia Legislativa pela aprovação do projeto de mudança do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Ônibus de Transporte Rápido (BRT) no contrato de financiamento da Caixa Econômica Federal.
Em entrevista à imprensa, Pinheiro chamou os parlamentares emedebistas de “vaca de presépio” do governo. Na avaliação de Bezerra, a fala do prefeito fere a dignidade dos parlamentares.
“Não está correto, fere a dignidade dos deputados, isso politicamente não é adequado. Politicamente, é um erro”, disse.
