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Política Segunda-feira, 07 de Dezembro de 2020, 18:18 - A | A

Segunda-feira, 07 de Dezembro de 2020, 18h:18 - A | A

MACAPÁ

Josiel Alcolumbre vai disputar segundo turno com Dr Furlan

Daniel Gullino | O Globo

O segundo turno da eleição municipal no Macapá será disputado entre Josiel Alcolumbre (DEM) e Dr Furlan (Cidadania). A próxima votação ocorrerá no dia 20 de dezembro. A disputa na capital foi adiada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido ao apagão que atingiu o Amapá em novembro.

Josiel teve 29,47% dos votos válidos no primeiro turno, contra 16,03% de Furlan — que enfrentou uma disputa acirrada pela vaga no segundo turno com João Capiberibe (PSB) e conseguiu a vaga com 2.209 votos de vantagem.

Seguindo a tendência das demais capitais brasileiras, a abstenção em Macapá também cresceu em meio à pandemia de Covid-19. Ao todo, 75.557 eleitores não compareceram às urnas, número maior que os votos recebidos por Josiel e equivalente a 25,8% dos votantes na cidade. Na eleição de 2016, essa taxa foi de apenas 16,3%

Josiel é irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se engajou na campanha, articulando uma ampla coligação. Ele também é apoiado pelo atual prefeito, Clécio Luís (sem partido), e pelo governador do Amapá, Waldez Goes (PDT).

Dr Furlan, que tem formação como médico, está no terceiro mandato de deputado estadual. Ele usou em sua campanha o discurso da renovação, com críticas às famílias que dominam a política local.

Capiberibe, que já foi prefeito de Macapá (1989-1992) e governador do Amapá (1995- 2002), começou a apuração isolado no segundo lugar, mas acabou ultrapassado pelo candidato do Cidadania na reta final e ficou com 14,94% dos votos.

A última pesquisa do Ibope, divulgada na quinta-feita, já havia indicado um cenário embolado, com empate técnico entre seis candidatos no segundo lugar.

O apagão, que durou 22 dias, afetou diretamente Josiel, que chegou a cair nove pontos percentuais nas pesquisas, de 35% para 26%. Depois, oscilou dois pontos para cima. Alcolumbre afirmou que o irmão foi "o maior prejudicado com o apagão" porque poderia ter vencido o pleito no primeiro turno.

As eleições foram adiadas a pedido do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), que alegou risco à segurança dos eleitores da capital por conta de protestos — motivados pelo apagão — que estavam previstos para a data original.

Ao acatar o pedido, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou que entrou em contato com a Polícia Federal (PF), com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e com o Exército e que houve consenso sobre os riscos de realizar a votação naquele momento. O pleito foi adiado somente na capital.

No sábado, Barroso visitou Macapá e disse que a situação está "sob controle":

— (A criminalidade é) preocupante, grave, mas não especificamente um problema da Justiça Eleitoral. Nesse mundo que a gente vive, totalmente tranquilo só está quem está mal informado. Mas penso que está tudo sob controle — declarou.

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