O primeiro-vice-presidente eleito da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Júlio Campos (União Brasil), quer alterar o regimento interno para proibir que membros da Mesa Diretora assumam a presidência de comissões da Casa. O objetivo é permitir que todos os 24 parlamentares tenham protagonismo nas atividades do Poder Legislativo. A AL elegeu a nova mesa diretora na manhã desta quarta-feira, 7 de agosto.
“Outra tese que eu vou defender é que quem é membro da mesa diretora não deveria ser presidente de comissão, para que todos os parlamentares tenham um cargo de relevância na Casa. Nós temos 14 comissões técnicas e temos 10 membros na mesa diretora. Então, [...] os 14 restantes seriam presidentes das comissões técnicas”, defendeu.
De acordo com ele, a proposta ainda não foi debatida com o novo grupo eleito, que comandará a Casa pelo biênio 2025/26. Porém, o deputado adiantou que pretende mostrar aos colegas como funcionam as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, para adotar o funcionamento na ALMT.
Já em relação à equipe gestora eleita, Júlio defende que as funções administrativas sejam divididas entre os 10 membros da Mesa Diretora. Hoje, esse papel é centralizado no presidente e no primeiro-secretário da Casa.
“Muitas vezes, o deputado Eduardo Botelho não comparece a vários eventos que deveria estar presente, representando a Assembleia, porque ele está sitiado aqui no gabinete, com atividades político-administrativas, e o primeiro-secretário atolado até o gogó com os problemas do dia a dia. Então, para evitar isso, nós temos que copiar o que é na Câmara dos Deputados e no Senado, em que todos os membros da Mesa Diretora tenham a função executiva”, opinou.
A nova Mesa Diretora foi eleita nesta manhã, com votação unânime. Mais uma vez, a eleição foi realizada apenas para formalizar a escolha feita previamente em consenso entre os deputados, uma vez que apenas uma chapa se inscreveu.
Nas últimas semanas, a primeira-secretaria chegou a ser disputada, tendo como candidatos os deputados Beto Dois a Um (União Brasil), Dilmar Dal Bosco (União Brasil) e Janaina Riva (MDB). Esta última tinha o compromisso dos colegas em ser a primeira-secretária, mas foi preterida quando o Palácio Paiaguás se envolveu na disputa e lançou seu candidato oficial.
A briga causou desgastes em ambos os lados e, por fim, surgiu o nome do deputado Dr. João (MDB) como consenso, fazendo todos retirarem seus nomes da disputa.