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Política Domingo, 26 de Janeiro de 2025, 16:02 - A | A

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Levar moradores de rua para a UFMT servirá de "experimento social", defende Abilio

Da Redação

O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou que considera propor uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para transportar pessoas em situação de rua até o Restaurante Universitário (RU), onde poderiam almoçar. Em uma declaração polêmica nesta quinta-feira, 21 de janeiro, Brunini sugeriu que a iniciativa também poderia ser vista como uma "experiência social" relevante para a instituição, acrescentando que ela talvez pudesse até encontrar a solução para isso, gerando debate entre a população.

“[...] eu quero até saber se a Universidade Federal está à disposição pra gente fazer uma parceria com o RU, a gente leva o pessoal tudo de ônibus para almoçar lá no restaurante universitário, eu sei que isso vai ser uma experiência social muito importante para eles, para que eles possam ver a realidade das pessoas da rua, e nesse tempo de formação é importante que a academia possa encontrar uma solução para isso”, disse o prefeito.

A fala diz respeito a uma de suas últimas medidas anunciadas. O prefeito pretende suspender o fornecimento de marmitas a moradores de rua e proibir que associações o façam, sob pena de multa. Entretanto, Brunini destaca que não irá cortar a distribuição de refeições, apenas das marmitas. Conforme o anúncio, a pretensão é criar dentros de atendimento a essas pessoas, locais esses que servirão para elas fazerem suas refeições, higiene e ter acesso a atendimentos médicos e psicossocial.

As políticas envolvendo moradores em situação de rua têm se tornado pauta em grandes cidades do país. Em São Paulo, por exemplo, um projeto de lei do vereador Rubinho Nunes (União) previa multa de R$ 17 mil a quem distribuísse marmitas a moradores de rua. O tema repercutiu negativamente na imprensa e o projeto foi retirado de pauta.

O tema é delicado e envolve um amplo debate acerca dos direitos dessas populações. Lideranças mais voltadas aos Direitos Humanos acusam tais medidas como violadoras desses direitos e atentado à dignidade dessas pessoas. Apesar das críticas, o arco de aliança de Abilio destaca que o prefeito não pretende "proibir" a solidariedade, mas garantir mais dignidade a essas pessoas.

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