O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou nesta quinta-feira (1) que os deputados estão atrapalhando a educação pública em Mato Grosso com a derrubada do veto do governo ao projeto de lei que condicionava o retorno das aulas presenciais à imunização completa dos profissionais da Educação.
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O governo planejava retomar as atividades presenciais, na modalidade híbrida, a partir do mês de agosto. Com a derrubada do veto, esse prazo deve ser novamente postergado, já que os profissionais só receberão a segunda dose da vacina em meados de setembro ou outubro, e ainda são necessários mais 15 dias para garantir a imunização.
Em conversa com jornalistas, Mauro questionou a diferença de um professor para o restante da população, pois diversos setores públicos e privados já voltaram a funcionar mesmo sem ter tomado nenhuma dose de vacina, enquanto professores estão exigindo duas doses do imunizante. Ele criticou ainda o fato de que alguns professores estão recusando a vacina.
“Qual a diferença do professor para a empregada doméstica, trabalhador da indústria e profissionais que estão trabalhando normalmente? Os professores da rede privada estão trabalhando normalmente. Porque os professores da rede pública não podem voltar no dia 1º de agosto? Alguns professores já receberam a primeira dose, tem professor que não quer vacinar e aí vai ficar para sempre sem trabalhar? Qual a diferença deles para os demais mato-grossenses?”, questionou o governador.
Apesar de se colocar contrário à decisão da Assembleia, Mauro afirmou que não pretende levar a questão à Justiça. No entanto, disse entender que os 13 parlamentares que votaram para derrubar o veto estão atrapalhando a educação pública. O governador citou que a educação foi o último setor a fechar e o primeiro a reabrir nos países europeus, ao contrário do que tem acontecido no Brasil.
“Olha como estão tratando a educação. Os deputados estão com filhos e netos na escola privada tendo aula. Olha a incoerência”, concluiu.