O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou nesta quarta-feira (19) que não teme ser investigado pela CPI da Covid, em andamento no Senado Federal. Ele também cobrou que as investigações sejam conduzidas de forma responsável, “sem pirotecnia”.
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A CPI investiga ações e omissões do governo federal no enfrentamento à covid-19 e também deve mirar a aplicação de recursos federais relativos por estados e municípios no combate à pandemia.
“Cabe agora aos parlamentares fazerem as investigações com seriedade, com responsabilidade, sem pirotecnia e barulho. É isso que eu espero. É um direito que o Legislativo tem e defendo que ocorra desta forma”, disse. “Eu trabalho corretamente e quando a gente trabalha corretamente as coisas funcionam e se cria uma cadeia positiva de boas ações. Todos nós temos o dever de prestar contas e nós prestamos contas”, completou.
Aproveitando a deixa da própria fala, o governador listou os investimentos que foram feitos pelo Estado no combate à pandemia. Segundo ele, foram aplicados mais de R$ 640 milhões desde o início da pandemia, em 2020, sendo R$ 371 milhões de recursos próprios do governo de Mato Grosso e R$ 260 milhões provenientes de repasses do governo federal.
“Usamos esses valores para custear os hospitais, as UTIs, medicamentos, testes, contratação de pessoal... Uma única UTI custa em média R$ 2 mil por dia. Nós estamos bancando mais de 600 [leitos de UTI] em todas as regiões. São mais de R$ 36 milhões por mês só com UTIs. Fizemos grandes investimentos para salvar vidas de quem, infelizmente, teve uma complicação maior”, destacou.
ONDE FORAM GASTOS
Segundo relatório do governo estadual, foram investidos R$ 400,7 milhões com contratações e despesas nacionais, a exemplo de serviços de UTIs, leitos clínicos, médicos e equipamentos (R$ 244 milhões), aquisição de equipamentos (R$ 38,7 milhões), serviços hospitalares (R$ 19,9 milhões), além de despesas com exames, medicamentos, insumos, ambulâncias, mobiliário e testes.
Outros R$ 35,7 milhões foram usados para aquisições fora do país, como a compra de EPIs, testes, equipamentos e serviços de importação. Também houve investimento de R$ 34,2 milhões para estruturar e ampliar a rede hospitalar estadual.
Aos municípios, foi repassado um total de R$ 89,6 milhões para realizarem a manutenção dos leitos, além de R$ 5,7 milhões para o custeio de centros de triagem. Ainda foram destinados R$ 76,1 milhões para as despesas com pessoal que atua na linha de frente.