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Política Sexta-feira, 13 de Outubro de 2023, 10:30 - A | A

Sexta-feira, 13 de Outubro de 2023, 10h:30 - A | A

"TENHO MEDO"

Maysa elogia gestão interventiva e teme que Saúde retorne para mãos de Emanuel

Da Redação

A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), destacou que, apesar dos problemas ainda encontrados na Saúde da capital sob gestão da equipe interventora do governo, as coisas no setor melhoraram em comparação à administração feita pelo staff do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Declarada como posição contrária ao chefe do Palácio Alencastro, Maysa disse em entrevista ao Estadão Mato Grosso que era impedida de entrar nas unidades de saúde, coisa que, segundo ela, não acontece mais.

Ela destacou que quando chega alguma denúncia relacionada a algum aparelho da Saúde Municipal, consegue, com mais facilidade, ter respostas e ainda ver os problemas sendo solucionados.

 

“Sim, temos problemas na intervenção. A gente tem reclamações no gabinete de pessoas que foram mal atendidas, de pessoas que chegaram na unidade de saúde e o médico não estava disponível, mas qual é a diferença? Antes, quando eu, vereadora Maysa, chegava numa unidade para fiscalizar, eu não era recebida; tudo era feito para que eu não entrasse. Hoje, posso entrar quando uma denúncia chega para mim: "vereadora na Policlínica do Coxipó não tem médico". Agora, eu vou lá e ligo para a Secretaria Municipal de Saúde e falo que não tem médico. Eles respondem: “só um minuto que a gente vai checar o que está acontecendo”. Alguém verifica o que está acontecendo, e o médico aparece”, relatou.

O Estado está na administração da Secretaria Municipal de Saúde desde março, quando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) atendeu ao pedido do Ministério Público que apontava diversas irregularidades na pasta. O período interventivo foi estendido até o dia 31 de dezembro a pedido do MP e da Equipe Interventora, que pedia mais tempo para implantar um pacote de melhorias.

O procurador-geral de Justiça, Deosdete Júnior, e o governador Mauro Mendes (União) já demonstraram não ter interesse em manter a gestão da Saúde Municipal a partir de 2024. A vereadora teme que a retomada da Saúde nas mãos de Emanuel possa trazer retrocessos a ações implementadas pela intervenção.

“Tenho medo de como vai ficar depois que devolverem a pasta para a gestão municipal. A UPA Leblon, por exemplo, não é apenas uma unidade decorativa. Ela passou anos fechada com promessas, então, hoje a intervenção está reformando 30 unidades; temo por essas unidades se não der tempo de ficar tudo pronto. Será que a gestão Emanuel Pinheiro vai continuar? Porque no padrão que a gente conhece, temos muito mais obras inacabadas e promessas não cumpridas do que o contrário”, destacou.

 

 
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