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Política Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2021, 10:30 - A | A

Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2021, 10h:30 - A | A

SEM FUTURO

“Não vamos quebrar o sistema”, diz Botelho ao ser contra auditoria em votação

Jefferson Oliveira

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), disse na manhã da última terça-feira (16) que não vai permitir uma auditoria na votação do último dia 10 de fevereiro. Na ocasião, a ALMT manteve o veto do governador Mauro Mendes (DEM) ao PLC-36, que isentava aposentados com rendimentos até o teto do INSS da alíquota previdenciária de 14%. O pedido de auditoria partiu do deputado Ludio Cabral (PT).

De acordo com Botelho, uma auditoria no sistema de votação quebraria o sistema e revelaria os nomes dos deputados e seus votos, e isso seria inconstitucional, já que a votação do veto é obrigatoriamente secreta.

Eduardo, no entanto, apresentou uma outra medida, que seria o voto simulado para se ter uma ideia de como cada parlamentar votou. O presidente garantiu que o atual sistema de votação é seguro e não há irregularidades.

“O que podemos fazer é uma votação simulada com os deputados e já fizemos isso antes de implantar esse sistema, e não existe a possibilidade de estar diferente o resultado com os votos, agora auditoria no sistema não, porque você tem que quebrar o sistema, quebrar o sigilo do voto e isso é impraticável”, disse o presidente.

Botelho ainda afirmou que é impossível manipular um resultado na votação e que o sistema é garantido. No dia 10, o resultado no painel fora de 11 votos pela derrubada do veto e 12 votos pela manutenção do veto, porém, nesta manhã, 12 deputados revelaram no plenário que votaram pela derrubada do veto, e ainda faltaram a sessão os deputados Faissal (PV) e Valdir Barranco (PT), que também foram favoráveis a derrubada somando 14 parlamentares contrário ao veto de Mauro Mendes.

Eduardo Botelho defendeu a tramitação do projeto de Ludio sobre uma auditoria, mas disse ser contra a abertura dos votos. Apesar disso, alegando ser a Casa um espaço democrático, o que for acolhido pela maioria será implantado.

O presidente chegou a conversar com Ludio que caso acabe o voto secreto, o Parlamento estadual vai derrubar muito menos vetos, dos que foram derrubados até hoje.

“Eu disse a ele: Você vai ver como vamos derrubar bem menos vetos do que derrubar hoje se você fazer o voto aberto, aguarde o que estou te falando”, pontuou.

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