O advogado Nelson Freitas Neto, que compõe uma das comissões da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), encaminhou um ofício ao presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para que seja aberto um procedimento na Casa e investigue a conduta do deputado Gilberto Cattani (PSL).
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De acordo com o jurista, a postagem feita por Cattani apresenta graves indícios de homofobia, atitude que é crime equiparado ao racismo. Nelson pretende que a Comissão de Ética da ALMT, que é presidida pelo deputado Carlos Avallone (PSDB), avalie uma possível quebra de decoro parlamentar, o que poderia resultar em sua cassação.
Deputados não enxergam quebra de decoro
Ainda essa semana, alguns deputados falaram que não viram uma quebra de decoro de Cattani em sua postagem e citaram que é apenas a opinião do deputado. Janaina Riva (MDB), que inclusive fez uma postagem rebatendo a publicação de Cattani, disse que o que foi escrito era a opinião dele e pediu apenas prudência no futuro.
“Eu entendo que apesar da postagem ser de muito mal gosto, ela diretamente não diz muita coisa, então o entendimento é muito subjetivo. Quando eu fiz meu post, fiz pensando naquilo que compreendi, mas não vejo para algo de fato abrir uma investigação na Comissão de Ética, porque o deputado não faz uma ofensa direta e agressiva. Agora fica a consciência dele né? Temos que ter muito cuidado com o que fala aqui, porque somos exemplos e voz da população”, disse na quarta-feira (16) antes da sessão ordinária.
O presidente da ALMT, Max Russi (PSB), também comentou na quarta-feira sobre o episódio dizendo que na Casa existem 24 deputados e que cada um é livre na sua forma de pensar. Russi acrescentou dizendo que grande parte da população não concorda com o que Cattani postou, mas tem uma parte que acredita em sua fala e ideologia, tanto que fez ele chegar ao parlamento.
O deputado Paulo Araújo (PP) falou que nem chegou a ver a postagem de Cattani que tanto gerou polêmica.
