O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sergio Ricardo, defendeu que o Governo do Estado rescinda o contrato com o Consórcio Construtor do BRT devido ao atraso das obras em Cuiabá. O governo previa a conclusão da obra em outubro de 2024, mas o prazo passou para o final deste ano e, agora, está indefinido. Sergio Ricardo vistoriou as obras na manhã desta quinta-feira, 30 de janeiro, junto com o conselheiro Guilherme Maluf.
“A obra tem que andar, não importa as consequências judiciais. O governo tem que dar continuidade, não resta outra solução para o Governo do Estado a não ser rescindir e contratar outra empresa para fazer essa obra”, falou Sergio Ricardo.
O jornal Estadão Mato Grosso vem noticiando há mais de uma semana que trabalhadores não são mais vistos nos canteiros de obras. O ‘sumiço’ dos trabalhadores aconteceu em meio a denúncias de falta de materiais básicos, como cimento e concreto, além de atrasos no pagamento de direitos trabalhistas e dívidas relacionadas a alojamento e alimentação.
Jornalistas questionaram Sergio Ricardo se o conselheiro iria acionar o Ministério Público Estadual (MP-MT), para atuar diante do atraso das obras.
“Todas essas instituições fiscalizadoras, elas estão em conjunto, trabalhando. A gente tem que dar continuidade a essa obra. Todo mundo tem seus direitos, a empresa não gostou que o contrato foi reincidido, vai lá, se defenda na Justiça e explique porque não fez. Tem a multa também, que ela deve pagar porque não concluiu, porque não fez a obra”, respondeu.
Sob responsabilidade do Consórcio Construtor BRT Cuiabá - formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A, Heleno & Fonseca Construtécnica S.A, e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. -, as obras do BRT estão atrasadas, o que tem gerado insatisfação do governador. Mauro já demonstrou publicamente, mais de uma vez, sua frustração com a demora no andamento das obras, especialmente no trecho que passa pela Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA). Na última semana, ele ameaçou rescindir o contrato.