Candidato ao governo de Mato Grosso, o Pastor Marcos Ritela (PTB) defendeu a conclusão da obra do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na região metropolitana de Cuiabá. Na avaliação do postulante, apesar de ser conhecido como "filhotinho da corrupção", o modal é um meio de transporte de primeiro mundo.
Ritela sustenta que, como os políticos da época já venderam esse sonho à população do estado, o melhor seria concluir o projeto.
“Venderam um sonho para população. Qual era o sonho? O VLT. Eu sonho em ver o VLT. 80% das pessoas hoje querem ver o VLT, porque foi um sonho que venderam, então tem que ser executado. Nós não podemos simplesmente pegar esse dinheiro todo e jogar debaixo da terra, como se nada tivesse acontecido”, disse, em entrevista à rádio CBN nesta sexta-feira, 9 de setembro.
Atualmente, a mudança do modal de transporte se tornou um dos principais temas de debate entre os candidatos ao governo, principalmente após o governo ter assinado o contrato para início das obras do BRT (Ônibus de Transporte Rápido), alteração realizada após rompimento do contrato com o consórcio responsável pelo VLT.
No começo da semana, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que é marido da candidata Márcia Pinheiro (PV), apresentou denúncia de que há irregularidades na licitação do BRT, sendo a principal delas uma suposta ligação entre as empresas que compõem os dois consórcios que disputaram o certame.
Informação rebatida pelo governador Mauro Mendes (União), candidato à reeleição, que acusou o prefeito de tentar criar uma ‘cortina de fumaça’ para desviar a atenção da população cuiabana quanto aos problemas enfrentados pela Prefeitura de Cuiabá.
Ritela criticou a postura do prefeito e do governador, afirmando que é necessária uma “conciliação” entre os dois para resolver o impasse.
“Não tem diálogo, infelizmente, não tem. Por causa de briga de poder, de prepotência... Isso é muito feio para dois grandes líderes, dois grandes governantes, ficar com essa briga, um atacando o outro o tempo todo e não resolver o problema”, disse.
“O VLT tem que funcionar, tem que voltar. 'Ah, mas é um fruto da corrupção'. Vamos pegar esse limão e vamos fazer uma limonada. Temos que realizar esse sonho da população. O que passou, passou. Tem que executar! Só falta mão de obra. Os vagões estão todos ali enferrujando, ao tempo”, concluiu.