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Política Segunda-feira, 09 de Novembro de 2020, 10:17 - A | A

Segunda-feira, 09 de Novembro de 2020, 10h:17 - A | A

Secretário vê "mais gente morrendo de outras doenç

Secretário vê "mais gente morrendo de outras doenças do que covid" e estuda remanejamento de UTIs

Gabriel Soares e Rafael Machado

Diante da queda na demanda por Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), o governo do Estado já estuda o que fazer com os leitos que foram abertos no auge da pandemia. Na última sexta-feira (6), o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, revelou que sua equipe vive um dilema diante da possibilidade de uma segunda onda de contágios.

Em conversa com a imprensa durante o lançamento da obra do Hospital Central, Figueiredo afirmou que existe uma pressão dos 141 municípios para retomar as cirurgias eletivas, que foram suspensas devido à necessidade de abrir espaço no sistema de saúde para tratar os pacientes de covid. Contudo, a possibilidade de uma segunda onda de contágios também exige que a rede hospitalar esteja preparada para caso haja um novo aumento na demanda.

“Nós temos uma taxa de ocupação que está sendo monitorada e existe uma pressão muito grande dos 141 municípios para voltar a fazer as cirurgias eletivas. Nós temos que fazer um trabalho inteligente nisso”, disse o secretário.

Existem atualmente 278 UTIs disponíveis para atender os pacientes de covid-19 em Mato Grosso e a demanda tem caído. Apesar disso, ao menos 10 estados brasileiros estão registrando nova alta nos índices de hospitalização por doenças respiratórias, o que indica a possibilidade de o país viver uma segunda onda de contágios.

Figueiredo admitiu a possibilidade de uma segunda onda de contágio e destacou que hoje o sistema de saúde pública está mais bem preparado para atender a demanda do que no início da pandemia, quando foi preciso correr contra o tempo para garantir a abertura de novas UTIs. O secretário destacou que os números, até o momento, não apontam para uma segunda onda.

Diante desse cenário, o governo estuda a melhor forma de remanejar os leitos, tanto em enfermarias quanto em UTIs, para poder atender às demais demandas da Saúde.

“Não dá para nós mantermos todos os leitos de todos os hospitais bloqueados enquanto já tem mais pessoas morrendo de outras doenças do que de covid. Então, nós vamos ter que fazer o manejo de leitos, desativar leitos de alguns hospitais, para que a gente possa salvar as pessoas que estão há quase um ano esperando por uma cirurgia eletiva”, concluiu Gilberto.

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