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Política Terça-feira, 05 de Dezembro de 2023, 07:23 - A | A

Terça-feira, 05 de Dezembro de 2023, 07h:23 - A | A

INDICADO DE LULA

Só Fagundes declara voto contra Dino no STF; Fávaro pode votar no lugar de Buzetti

Da Redação

A indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), por enquanto, teria apenas um voto favorável dos 3 senadores mato-grossenses. Até o momento, 21 senadores já se declaram contrários à indicação de Dino. O ministro precisa de 41 votos favoráveis para ir à Suprema Corte.

O único voto favorável de Mato Grosso deve vir do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), caso ele repita a recente manobra de ser exonerado do cargo para participar da sabatina no Senado. Isso pode não ser necessário se a sua suplente, Margareth Buzetti (PSD), decidir votar a favor do indicado do presidente Lula.

 

O voto do senador Jayme Campos (União) ainda é uma incógnita. Apesar de dizer que ainda não decidiu seu voto, Jayme já fez elogios a Flávio Dino, apontando que ele possui notório saber jurídico, por já ter sido juiz federal, governador, deputado federal e senador.

Já o senador Wellington Fagundes (PL) é tido como um voto garantido contra Dino. Ele deve seguir as orientações de seu partido, que se posicionou contra a indicação de Lula. Como líder de bancada, Fagundes foi o responsável por indicar os nomes que irão participar da sabatina.

"Cabe a nós, senadores, fazer a batina da indicação do presidente e votar. São duas etapas, a primeira é a Comissão de Constituição e Justiça e depois o plenário. Eu como líder do Bloco Vanguarda já indiquei os nomes da Comissão de Constituição e Justiça do nosso partido. Eles terão a atuação para representar o partido na Comissão e no plenário também. Nós vamos ouvir, mas o PL já tem uma posição muito forte, que é votar contra a indicação do Flávio Dino", afirmou.

Fagundes também fez elogios ao currículo de Dino, mas ressalta que o ministro será avaliado por sua atuação no Ministério da Justiça, que tem sido alvo de constantes críticas do PL.

"Ele tem uma carreira, foi juiz e foi governador, mas ele também tem a vertente política. Mas, isso não é crime. Vamos analisar a postura dele enquanto ministro da Justiça. Isso tudo nós vamos conversar e ouvir, mas a posição do partido é muito clara. Na história do Supremo Tribunal Federal, foram um ou dois nomes rejeitados, porque nós vivemos o presidencialismo, e é um sistema onde, no Brasil, o presidente tem uma força até maior do que um rei. E é um sistema em que o governo, principalmente o atual governo, tem usado muito para fazer as influências políticas, como aumentar ministérios para atender a demanda política, que às vezes nem sempre é a demanda da sociedade", concluiu.

 
 
 
 
 
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