A Câmara Municipal recebeu nesta terça-feira, 5 de novembro, o secretário municipal de Planejamento Éder Glaciani, para que ele explicasse o suposto superendividamento da Prefeitura de Cuiabá, que segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE) chega a R$1,2 bilhão.
Para o vereador Dilemario Alencar (Podemos), ficou evidenciado que a justificativa do secretário de Emanuel Pinheiro (MDB), de que a maioria das dívidas apontadas no relatório das contas da Prefeitura do exercício 2022, pelo conselheiro Antônio Joaquim, se refere a dívidas de gestões anteriores.
“A gestão do ex-prefeito Mauro Mendes recebeu, no final de 2012, um caixa negativo de gestões anteriores de R$ 106 milhões por insuficiência financeira, ou seja, sem recursos suficientes para honrar dívidas de restos a pagar. Mas com uma gestão fiscal eficiente, o Mauro diminuiu esse déficit para R$ 48,8 milhões no final da sua gestão, onde pagou R$ 57,5 milhões das obrigações financeiras herdadas de gestões anteriores, diminuindo o endividamento sem lastro financeiro da prefeitura em 47%”, apontou.
“Entretanto, em virtude do descontrole do gasto público e de gestão fiscal irresponsável do atual prefeito, a insuficiência financeira para pagamento de restos a pagar da prefeitura, no período de 2016 a 2022, saltou de R$ 48,8 milhões para R$ 306,3 milhões.”, explicou.
O vereador disse ainda, que há tempos tem alertado de que a gestão atual quebrou a prefeitura. “Entre o final de 2016 e o final de 2022, o endividando das contas da prefeitura cresceu cerca de 628%. Isso vai comprometer as gestões futuras nas áreas da educação, saúde, social, dentre outras. Ademais.
"O secretário de Planejamento também não conseguiu explicar o porquê do aumento da dívida consolidada líquida, que compreende as dívidas a serem pagas em prazo superior a doze meses, vez que só no exercício de 2022 chegou a R$ 1,2 bilhão, o que compromete ainda mais a situação financeira e orçamentária de Cuiabá”, concluiu o vereador.