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Política Segunda-feira, 27 de Novembro de 2023, 07:13 - A | A

Segunda-feira, 27 de Novembro de 2023, 07h:13 - A | A

INTEIRINHA NA CÂMARA

Vereadoras não se arrependem por votar pela cassação de Edna

Da Redação

As vereadoras por Cuiabá, Maysa Leão (Republicano) e Michelly Alencar (UB), que votaram pela cassação da vereadora Edna Sampaio (PT), dizem não se arrepender do voto e apontam que a Justiça não questionou o objeto que resultou na cassação da petista, quanto ao suposto uso indevido da Verba Indenizatória (VI), mas sim, por causa do não cumprimento dos prazo  que teria extrapolado os 90 dias para concluir o Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

"A Justiça determinou o retorno dela por uma questão de prazo, não por uma questão de matéria. Então, a minha votação foi referente à pergunta que se fez, foi apropriação da VI, e foi comprovado no alto do processo que sim, foi a apropriação da VI da chefe de gabinete dela. Então, em relação à matéria, nada mudou. O meu voto foi consciente e pensado. Não existe a perseguição, não há o desejo de que a vereadora Edna fosse cassada. O que ocorreu foi que mostramos para a sociedade que regras da Casa têm que ser cumpridas, principalmente por quem legisla", disse.

 

Maysa disse também que é válido Edna Sampaio tentar o retorno ao Parlamento recorrendo à Justiça. E lembra que a vereadora do PT sempre colocou um "muro", divisão entre as vereadoras.

"Os recursos estão dentro da legalidade e ela está recorrendo na Justiça. Eu espero que ela volte pra essa Casa serena pra fazer o trabalho dela. A vereadora Edna sempre achou que existia uma divisão entre as vereadoras que ela chama de extrema direita. Então, eu e ela temos muitas pautas em comum. Nós temos muitos apoiadores em comum. Já tivemos conversas que foram importantes para as mulheres cuiabanas, mas sempre foi difícil. Ela sempre viu uma divisão entre a vereadora Michele e comigo. Esse muro foi colocado por ela, muito antes do processo de cassação", pontuou.

A vereadora Michelly Alencar também diz não se arrepender de ter votado pela cassação de Edna Sampaio e diz que o momento serviu para a vereadora refletir sobre "ataques aos colegas".

"Com relação ao retorno da vereadora, eu espero que ela tenha aprendido uma lição durante tudo isso porque nada na nossa vida acontece por acaso. Eu acho que a gente tem que aprender com cada situação que a gente vive e eu acredito que essa situação, espero que nesses 42 dias afastada, que tenha tido um momento para refletir e voltar um pouco mais serena e equilibrada. Sem atacar os pares, sem entrar naquela linha de sempre, de vitimização, porque esse processo ele não se trata disso. E a gente sempre fez questão de dizer, o processo não se trata de cor, não se trata de gênero", diz.

Michelley aponta que a vereadora cometeu o uso indevido da VI. "O processo se se trata de uma ação indevida para um vereador, é uma improbidade. Então, a gente não pode se apropriar de um valor que não é seu. Então, assim, inclusive na decisão do juiz, fica claro que o que ela cometeu continua sendo irregular, o que ela cometeu continua sendo um crime. Ele não eximiu ela do que ela cometeu e sim uma questão de prazo por um entendimento dele. Até porque a gente precisa relembrar que no regimento interno que foi usado durante todo o processo, o embasamento desse processo foi o regimento interno e o regimento interno diz que durante o período de recesso parlamentar, o prazo ele tem que ser parado. Então ele não conta", concluiu.

 
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