O deputado estadual Wilson Santos (PSD) alertou ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), que o PSD só irá esperar “mais alguns dias” para que ele decida se irá se filiar e lançar sua candidatura a prefeito de Cuiabá em 2024. Sob o comando do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o PSD prometeu toda a estrutura necessária para Botelho entrar na disputa pela Prefeitura.
Em entrevista à Rádio Cultura durante a semana, Wilson afirmou que a candidatura de Botelho já está “madura” e exaltou os méritos do colega na iniciativa privada como um exemplo de capacidade para gerir a capital. Porém, fez questão de deixar o alerta quanto ao prazo.
“Gostaria muito de apoiar o Botelho. Ele está maduro, foi um bom executivo na iniciativa privada, faz um bom trabalho na Assembleia é muito querido no parlamento, ele cisca para dentro é amigo de todo mundo, tem visão de Cuiabá e está com vontade de ser prefeito de Cuiabá e isso é muito importante então o PSD. Mas repito, tem data marcada: só vamos esperar mais alguns dias”, disse Wilson.
Botelho vive atualmente um impasse dentro de seu partido, pois o presidente do União Brasil, o governador Mauro Mendes, já prometeu apoio à candidatura do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para prefeito de Cuiabá. Botelho tem apoio de outra ala do partido, ligada aos irmãos Jayme e Júlio Campos, além dos deputados estaduais. Porém, o União continua dividido sobre quem será o candidato da sigla na capital em 2024.
Para Wilson, a situação já está definida dentro do União Brasil. Porém, ele ressaltou que ainda é preciso que Mauro Mendes assine uma carda de liberação, para que Botelho não incorra nas penalidades de infidelidade partidária ao migrar para o PSD, o que poderia lhe custar o cargo de deputado estadual.
“Não tem mais o que conversar, mais o que discutir. O governador já teria pedido a ele entrar em acordo com o Fabinho, que não aceita renunciar do seu projeto. Ou seja, não há avanço com Fábio. Então, o governador precisa assinar uma carta de liberação, porque não há janela partidária para deputados, só em março de 2026, então ele só pode deixar o partido com a anuência do diretório estadual do União”, concluiu.
Na última vez que comentou sobre o assunto, Botelho afirmou que ainda tentava um diálogo com Garcia para resolver a questão dentro do próprio partido. Enquanto isso, o presidente da Assembleia aguarda uma reunião com o governador, que decidirá seu futuro político. Botelho tem dito que irá tomar a decisão ainda este ano, para que haja tempo de fazer as articulações necessárias para dar musculatura à sua candidatura.
*Colaborou Robson Fraga, da assessoria