Cuiabá, 03 de Julho de 2025
DÓLAR: R$ 5,42
Icon search

CUIABÁ

Brasil Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 08:45 - A | A

Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 08h:45 - A | A

OPERAÇÃO BELLA CIAO

Polícia prende fornecedores de armas das duas maiores facções do Brasil

Foram presos Ana Lúcia Ferreira, que foi mulher de um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), e Gustavo Miranda de Jesus, braço direito de Fhillip da Silva Gregório, o Professor, fornecedor do Comando Vermelho morto há 1 mês.

g1

A Polícia Civil do RJ prendeu um homem e uma mulher apontados como operadores das maiores facções criminosas do país. Eles eram alvos da Operação Bella Ciao, da Delegacia de Combate a Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), contra o abastecimento de armas e drogas para traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV).

Para os investigadores, trata-se de um “consórcio” de organizações criminosas voltado para municiar o Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Presos: 

Ana Lúcia Ferreira: ex-mulher de Elton Leonel da Silva, o Galã, um dos chefes do PCC e por anos o principal fornecedor de drogas e armas na América Latina. Ana ainda teve um filho com outro integrante da facção. Ela foi presa nesta quarta-feira (2) em Taubaté (SP);
Gustavo Miranda de Jesus: braço direito e operador financeiro de Fhillip da Silva Gregório, o Professor, morto com um tiro na cabeça há 1 mês e até então o maior fornecedor do CV. Gustavo foi preso nesta quinta (3) na Pavuna, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Conexões
 
O delegado Vinícius Miranda, titular da Delegacia de Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, explicou que a investigação começou há mais de um ano, com foco inicial em Professor.

A partir da análise financeira e patrimonial, os agentes chegaram a Gustavo, que movimentou mais de R$ 250 milhões em nome da facção. Ele era responsável por lavar dinheiro da facção com empresas de fachada e eventos como bailes funk. Um dos estabelecimentos seria um mercadinho que, segundo a polícia, praticamente não tinha atividade comercial.

“Gustavo usava a própria família para movimentar os valores. Numa operação anterior, os pais e a irmã dele já tinham sido presos por emprestar contas bancárias para essas transações”, afirmou Miranda.

Já Ana Lúcia é apontada como peça-chave na articulação entre o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital. Ana tem histórico de envolvimento com líderes do PCC e usava seus contatos na fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã (MS), para intermediar o tráfico de armas e drogas para as organizações.

“A Ana tem uma ligação direta com o ‘Professor’. Ela traz para o Rio o conhecimento que já tinha da região de fronteira. É uma articuladora que atua tanto para o Comando Vermelho quanto para o PCC”, afirmou o delegado.

Cuiabá MT, 03 de Julho de 2025