O Capitão do Corpo de Bombeiros, João Maurício Correia Passos, de 34 anos, preso em flagrante na terça (12), acusado de atropelar e matar o ciclista, Cláudio Leite da Silva, de 57 anos , na Zona Oeste do Rio de Janeiro , foi acusado por mais alguns crimes . Sua esposa, cadeirante, de 44 anos, fez cerca de 11 registros de ocorrências o acusando de ameaça, lesão corporal e injúria. As informações foram apuradas pela revista Época.
De acordo com os depoimentos, o comportamento agressivo de João Maurício teve início com o consumo excessivo de álcool e que todos os crimes registrados aconteceram quando o casal morava com os dois filhos, um de oito anos e outro de onze, em seu apartamento na Zona Norte da cidade.
Em julho de 2018, uma investigação foi iniciada na Cidade da Polícia em que a mulher o acusava de violência doméstica. Segundo testemunhas, por volta das 21h, os vizinhos pediram ajuda a policiais militares que estavam dentro de uma viatura pois João Maurício estaria agredindo sua espoca som socos e chutes. Um policial afirmou ter visto o agressor "visivelmente alterado", mas o acusado negou de que teria acontecido briga.
Em depoimento prestado após ter sido atendida no Hospital Municipal Salgado Filho, a esposa conta que o "marido gasta todo o dinheiro com bebida e tem o costume de sair, ficar dias fora da residência e voltar sem dinheiro algum". No episódio, ela diz que João Maurício estava alterado pois havia ingerido dez long necks e três chopes e que quando chegou em casa bebeu mais quatro latas de cerveja.
Já alcoolizado, ele se exaltou quando a esposa tentou impedir que saísse de casa, tacou uma lata em sua cabeça e a empurrou. Então, ela cai no chão e machucou seu braço direito. Ela ainda conta que essa não foi a primeira vez em que foi agredida por João Maurício mas que as medidas protetivas nunca foram aceitas antes. Tal direito foi garantido no dia 6 de janeiro deste ano, quando mais uma vez ela prestou queixa de violência doméstica contra seu marido.
O acusado estava preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, quando sua prisão em flagrante foi decretada pelo juiz Antônio Luchese em sua audiência de custódia pela morte do ciclista aposentado .
O magistrado declarou que nenhuma outra punição que não a prisão, seria suficiente para impor a ordem pública e aplicação da lei penal.Ainda determinou que o réu tivesse assistência médica para tratar do abuso de álcool que segundo o advogado do culpado, Ângelo Máximo, "Ele não tem controle sobre o álcool, o álcool que tem controle sobre ele", contou.
João Maurício Correia Passos, foi indiciado pelo delegado Alan Luxardo, da 42ª DP (Recreio), pelos crimes de homicídio doloso, a embriaguez ao volante e a fuga do local do acidente.