A advogada Juliana Bueno, diretora da Lucro Real e J. Bueno e procuradora da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Instituto Federal de Mato Grosso (Funadif), participa do 6º Congresso Nacional do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies). O evento, que começou na quinta-feira (30.11) e encerra nesta sexta-feira (1º.12) ,é realizado no espaço da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), dentro do Campus Universitário Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB).
Com o tema “O papel das Fundações de Apoio para Acesso, Inclusão e Democratização da Ciência e Tecnologia do Brasil”, o evento reúne 99 fundações de apoio, que gerenciaram no ano passado mais de R$ 9 bilhões (entre recursos públicos e privados) de projetos de pesquisas de mais de 280 universidades públicas e institutos federais de ensino e pesquisa.
“Estou muito satisfeita, sendo membro de uma Fundação de Mato Grosso, participar do 6º Congresso. Esse evento é de suma importância, tendo em vista que as fundações de apoio são essenciais para captar e gerir recursos para as instituições de ensino superior e pesquisa, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Espero que o congresso possa trazer debates relevantes e soluções para os desafios que enfrentamos nesse cenário”, disse a advogada Juliana Bueno.
As fundações de apoio são instituições de direito privado credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) e Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) e instituídas e veladas pelos Ministérios Públicos Estaduais e do Distrito Federal.
O objetivo do Congresso Nacional do CONFIES é realizar debates relevantes sobre o papel das fundações de apoio tanto na captação de recursos (públicos e privados) como na gestão das atividades de pesquisa. Além de discutir as relações das instituições apoiadas com os órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria Geral da União (CGU) e Advocacia Geral da União (AGU), na esperança de permitir ampliar a produção do conhecimento científico e tecnológico nacional, como a sociedade brasileira precisa, exige e merece. A esperança é que a educação e a ciência brasileiras possam estar alinhadas aos avanços internacionais.
Juliana participa das conferências, mesas-redondas e fóruns e aponta que dentre os temas mais interessantes foi a do chefe de gabinete da FINEP, Fernando Peregrino, de que a burocracia é a inimiga número 1 da ciência, consumindo 35% do tempo do cientista com emaranhado de leis que se chocam uma contra outras.
Dos R$ 10 bilhões previstos para todo o ano de 2023, segundo Peregrino, já foram aplicados R$ 3,6 bilhões de recursos não reembolsáveis em projetos (de um total de R$ 5 bilhões). Já na modalidade de fomento reembolsável, a FINEP liberou quase R$ 6 bilhões em operações de crédito para empresas (pequenas, médias e grandes) na tentativa de “virar a roda da inovação”.
“Achei interessante e otimista o cenário da ciência no Brasil. Há um comprometimento com o desenvolvimento científico e tecnológico do país, mas há a burocracia que atrapalha o trabalho dos cientistas e nós, como advogados somos parte importantes nesse processo”.