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Cidades Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2020, 10:02 - A | A

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ANÁLISE DA PANDEMIA

Deputado alerta que MT está na 2ª onda e prevê hospitais lotados em 1 mês

Allan Mesquita | FolhaMax

O deputado estadual e médico sanitarista, Lúdio Cabral (PT), declarou que os hospitais da rede pública e privada podem voltar a sofrer um novo colapso daqui 30 dias, caso a média móvel de casos de covid-19 continue subindo em Mato Grosso. De acordo com o parlamentar, o Estado já enfrenta a segunda onda com o aumento expressivo de novos infectados.

“Com os números aumentando, essa média móvel vai expandindo progressivamente em um processo que a gente chama de exponencial. Então, daqui 30 dias há o risco de termos um cenário semelhante ao que vimos no final de junho quando o sistema de saúde entrou em colapso”, alertou o petista durante entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10) nesta quinta-feira (10).

Lúdio seguiu dizendo que os boletins diários da Secretária de Estado de Saúde (SES) vêm trazendo dados alarmantes e totalmente diferente do esperado. De terça para quarta-feira, por exemplo, foram registrados 948 novos casos e 6 novas mortes pela doença.

“Infelizmente é a segunda onda acontecendo antes que a primeira onda terminasse. Nós vínhamos em um ritmo de descida no número de óbitos desde agosto, no entanto, esse processo se interrompeu na segunda quinzena de outubro. Infelizmente, em novembro, se retomou o crescimento novamente”, lamentou.

Conforme o último levantamento divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, Mato Grosso obteve um aumento significativo de 40% no número de mortes. De acordo com os dados, Mato Grosso é um dos 18 dezoito Estados que apresentaram aceleração no número de óbitos.

A informação foi confirmada através do painel de média móvel de mortes, calculado com base nos óbitos diários dos últimos sete dias.

Diante disso, o petista enfatiza que as infecções podem ser alavancadas pelas festas de fim de ano e confraternizações familiares. “Nós chegaríamos fevereiro sem óbitos e com uma média móvel de 30 casos por dia. Agora, como houve uma interrupção da descida, a média móvel de anteontem era de 576 casos e 9 óbitos. A curva voltou a subir em um período grave e de festas de final de ano”, concluiu.

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