A direção da Escola Estadual Liceu Cuiabano “Maria de Arruda Muller” divulgou nota pública para prestar contas sobre a tradicional festa junina realizada no último mês, após críticas sobre o conteúdo de algumas atrações virar polêmica entre algumas autoridades.
A direção informou que o evento arrecadou mais de R$ 40 mil, que serão destinados à reforma da biblioteca parcialmente danificada e à manutenção de banheiros e salas de professores.
A nota informa também que não houve venda de bebidas alcoólicas, registros de violência ou roubos, e que ambulâncias permaneceram de prontidão, e todos os alvarás estavam regularizados.
A celebração contou com apresentações de siriri, capoeira, quadrilhas, lambadão com a banda Novo Som, além do funk com DJ Kuririn que tem gerado polêmica.
Comidas típicas a preços acessíveis e sorteio de brindes foram realizados.
A escola afirmou que 90% das músicas do DJ foram censuradas para se adequar ao ambiente escolar e explicou que a escolha das atrações foi feita por votação, com participação de pais, estudantes e profissionais da unidade.
Segundo a direção, se a realidade cultural da comunidade fosse outra, o show principal poderia ser até mesmo uma orquestra sinfônica, mas a escola precisa refletir a cultura de seu território.
Em resposta a parlamentares e setores da mídia, a escola reforçou que não recebeu nenhuma reclamação formal sobre o evento, que envolveu mais de três mil pessoas. E ressaltou que o espaço está aberto ao diálogo, convidando autoridades a visitarem o ambiente escolar para conhecer de perto as ações pedagógicas e o trabalho de valorização da cultura popular.
Por fim, a direção do Liceu garantiu que seguirá apostando em atividades culturais plurais, alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e informou que já está programando a próxima edição do Arraiá para 2026, que será ainda maior, mantendo o compromisso de aprimorar a organização.