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Economia Sábado, 16 de Janeiro de 2021, 10:11 - A | A

Sábado, 16 de Janeiro de 2021, 10h:11 - A | A

MERCADO DA CARNE

Boi atinge novo recorde de preço

Priscilla Silva

A arroba do boi gordo à vista em Mato Grosso começou 2021 em alta. Em um intervalo de quase um mês, o preço já teve valorização de quase 12%, saindo de R$ 239,04, no dia 17 de dezembro de 2020, para R$ 267,07 nesta sexta-feira (15). O reajuste não só recupera as perdas dos últimos dois meses como superou o pico de seu valor, registrado no dia 16 de novembro, quando era vendida a R$ 266,23.

A demanda externa por carne bovina e a oferta ainda restrita são alguns dos fatores que devem contribuir para preços mais caros do produto neste ano. Essa previsão é feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que divulgou nesta sexta uma análise sobre as perspectivas do mercado para 2021.

“Depois de registrar recordes ao longo do ano passado, o setor pecuário nacional inicia 2021 com perspectivas positivas para o mercado. Os principais fatores que fundamentam esse cenário mais otimista estão relacionados à demanda externa e à possível continuidade de oferta restrita de animais para abate neste ano. Ainda que com menor intensidade, outro fator que pode influenciar uma sustentação dos preços internos é a demanda doméstica, que pode se aquecer em 2021, à medida que a economia brasileira se recupere”, avaliam os analistas do Cepea.

Em Mato Grosso, depois de a arroba do boi à vista alcançar seu pico de preço no início de novembro de 2020, o produto passou a registrar quedas e causou perdas de até 10% para o produtor em dezembro. A pressão de baixa na arroba do boi gordo, em novembro, foi pautada pela menor demanda interna e as menores precificações no mercado externo.

Essa desvalorização, no entanto, não chegou à ponta da cadeia. No varejo, os consumidores continuaram encontrando os preços da proteína em alta.

ESTABILIZAÇÃO - A previsão para este 1º trimestre de 2021, segundo os analistas do Cepea, é que o mercado doméstico ainda passe por um período de ajustes, devido ao fim do auxílio emergencial do governo e à alta taxa de desemprego.

“Esses fatores, somados à já típica demanda enfraquecida em início de ano, por conta do comprometimento do orçamento das famílias, podem fazer com que o mercado fique pressionado, sobretudo no primeiro trimestre. Já nos meses seguintes, as expectativas são de recuperações na economia e na renda, o que pode trazer um incremento na demanda por carne”, destaca o relatório.

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