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Economia Sábado, 12 de Junho de 2021, 10:55 - A | A

Sábado, 12 de Junho de 2021, 10h:55 - A | A

ALTERNATIVA À MESA

Carne suína fica mais acessível

A carne suína está entre as mais baratas dos supermercados em 2021. Entre os meses de janeiro e abril, o preço do pernil nas gôndolas registrou queda de 8,91%, conforme a pesquisa de preço realizada pela Associação Brasileira dos Supermercados (Abras). O recuo, considerável para o período, coloca a proteína no rol das três mais vantajosas nos últimos 12 meses, sendo respectivamente, o ovo, o frango congelado e o pernil.

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De abril de 2020 até o mesmo mês deste ano, a carne suína foi uma das mais acessíveis para o consumidor brasileiro. O pernil registrou a terceira menor alta no período, com 27,4%, antecedido pelo frango congelado (13,7%) e ovo (3,2%).

Parte do aumento do preço dessas proteínas é reflexo da valorização da carne bovina no mercado interno, que já supera 35% de alta, em média. A carestia da carne é pautada no crescimento das exportações, já que os frigoríficos inflam sua margem de lucro recebendo em dólar ao vender para o exterior.

Voltando para o 1ª quadrimestre de 2021, o consumo de suínos ganhou vantagem sobre as demais proteínas animais. O ovo, por exemplo, surpreendeu acumulando alta de 11,43% nos primeiros meses do ano.

Dentre os cortes de carne bovina, os cortes da parte dianteira do boi, consideradas ‘de segunda’, tiveram um incremento médio de 40,1%. Esse aumento de custo pesou mais na renda dos mais humildes, o maior número de consumidores. Enquanto isso, a subida de preços para os cortes mais nobres foi 5,2 pontos percentuais (p.p.) menor que os cortes dianteiros, fechando o período em 34,9%.

Apesar da vantagem da carne suína frente à bovina no 1º quadrimestre do ano, a proteína não foi o produto com maior redução. Na cesta de produtos mais consumidos, o tomate teve liderou o movimento de redução, com queda de 20,88%.

Na lista de produtos amplamente consumidos, alguns deles são considerados essenciais para dieta das famílias. Foram justamente eles que ajudaram a frear um pouco o custo com alimentação. Recuaram os preços do leite longa vida (4,46%), óleo de soja (3,60%) e arroz (2,65%). Já o feijão jogou contra esse “alívio”, ao registrar alta de 5,02% no acumulado do ano.

No 1° quadrimestre, os 35 produtos da cesta acumularam alta de 1,15% no índice nacional, saltando de R$ 636,40 (jan.21) para R$ 643,67 (abr.21). Só em abril, a alta foi de 0,92% frente ao mês de março.

Para atingir essa média nacional (R$ 643,67), nove produtos restringiram o poder de consumo das famílias. Entre os meses de abril de 2020 e 2021 (últimos 12 meses), o gasto com óleo de soja disparou e quase dobrou, ficando 88,2% mais caro. O segundo vilão foi o arroz (64,3%), seguido pela carne de segunda (40,1%), carne de primeira (34,9%), pernil (27,4%), feijão (19,2%), frango congelado (13,7%), leite longa vida (6,0%) e ovo (3,2%).

No geral, as variações de preços fizeram com que o conjunto da cesta de supermercado tivesse inflação de 21,88% nos últimos 12 meses, na média nacional. Cuiabá, uma das cidades que participam da pesquisa, ficou um pouco abaixo da média, ao registrar alta de 17,52% no mesmo intervalo.

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