O icônico personagem da Turma da Mônica, Chico Bento, será o protagonista na defesa da sustentabilidade do agronegócio mato-grossense nas próximas produções da MSP Estúdios (Maurício de Sousa Produções). A empresa firmou uma parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de MT (Famato), que foi divulgada nesta quarta-feira (18.06).
A parceria prevê a produção de cinco gibis, cinco filmes e 2 carretas com temáticas voltadas à realidade do produtor rural, muitas vezes estigmatizados e tachados como os vilões do meio ambiente. Segundo o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, o objetivo do projeto é impactar desde crianças, adolescentes e adultos com o material.
“[Esse projeto] vai conectar, tanto a parte cultural, como a educativa, para mostrar o lado verdadeiro do que é o agronegócio do nosso estado, que é tão pujante e que tanto significa para nós”, disse Tomain, na sede da Famato, em Cuiabá. Ainda conforme Tomain, o próprio Maurício de Sousa, aos 89 anos, gostou do projeto, que é uma coisa nova para eles.
Apesar de mostrar a realidade de Mato Grosso, a expectativa é que o projeto alcance todo o Brasil, em especial os grandes centros urbanos, onde parte da população desconhece processos básicos da produção de alimentos e da sua origem. Além disso, a Famato também visa uma parceria para exibir os gibis e filmes nas escolas.
“A gente está buscando uma parceria com a Secretaria de Educação também, o nosso foco é educativo. Então, nós estamos iniciando, agora a gente não sabe o tamanho que vai virar esse projeto, mas eu tenho certeza que vai ser grande”, afirmou Vilmondes, que aposta na boa recepção do público ao projeto.
“Eu não tenho dúvida [que será bem recebido]. Eu vejo que o que falta é a informação, o conhecimento. É preciso saber como chega um produto no supermercado, da onde vem, qual a origem, como é produzido, e aí ele vai entender. Alimento é coisa sagrada, queira ou não queira, todos nós dependemos disso”, concluiu.
O diretor de Licenciamento da MSP, Rodrigo Paiva, sugeriu que o personagem Chico Bento deve receber uma ‘repaginada’ para mostrar sua evolução, assim como a agropecuária evoluiu nas últimas décadas, passando de uma agricultura com pouca tecnologia e baixas produtividades para altas produtividades e muita tecnologia, aliada à sustentabilidade.
“Quando o Maurício criou o Chico Bento há 60 anos, tinha mais uma referência do ‘Jeca Tatu’. Agora não, o Chico Bento está evoluindo junto com o agro e as pessoas do interior, e a gente quer mostrar isso. Ao invés de só mostrar o prazer de nadar no córrego, de andar descalço, queremos mostrar também todo o progresso que existe hoje no agro. Então, esse Chico Bento quer se transformar no 'Francisco Bento'”, afirmou.