O ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta reverter a saída do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, do cargo. Após reação negativa do anúncio de fechamento de 361 agências do banco, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria decidido demitir o executivo.
As ações da bolsa do Banco do Brasil indicavam queda de 5,01% às 17h40, desta quarta-feira (13/1), logo após crescerem os rumores de saída de André Brandão, indicado por Bolsonaro em setembro, para substituir Rubem Novaes.
O Metrópoles procurou o Banco do Brasil, que afirmou que não comentaria o caso, mas não desmentiu a informação. O Ministério da Economia informou que não se posicionaria sobre a possível saída, assim como o Palácio do Planalto.
Brandão saiu do HSBC, onde estava desde 2003, para substituir Rubem Novaes, que deixou a presidência da instituição em setembro. Quando pediu demissão, em julho, o BB afirmou que a causa era o entendimento de que o banco “precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.
Novaes foi indicado ao cargo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em novembro de 2018 e ficou pouco mais de 18 meses no cargo.
Fechamento de agências
Um dos fatores que pode ter contribuído para a possível queda de Brandão – e do valor das ações do banco – foi o anúncio de reformulação feito pela instituição financeira na manhã de segunda-feira (11/1). Em comunicado, o BB afirmou que abriu programa de demissão voluntária (PDV) e que encerraria a atividade em 361 unidades, entre postos de atendimento, escritórios e agências.
O PDV do Banco do Brasil prevê demissão de cinco mil colaboradores até fevereiro. Do total de unidades que ficarão inoperantes, 112 são agências e 242 são postos de atendimento. A expectativa é de que as agências passem a funcionar como postos de atendimento futuramente.
No comunicado, o banco defendeu que a “reorganização da rede objetiva a sua adequação ao novo perfil e comportamento dos clientes”.