A indústria mato-grossense paga a 3ª tarifa média de energia elétrica mais cara do país. De acordo o panorama feito pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), os consumidores industriais pagam cerca de R$ 770,88 por megawatt-hora (R$/MWh), valor que supera em 18,7% a média brasileira. O custo com o insumo é uma das barreiras para o desenvolvimento do setor no estado, segundo a Federação das Industria de Mato Grosso (Fiemt).
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Conforme o panorama nacional, a tarifa média de energia em Mato Grosso só perde para os estados do Rio de Janeiro e Pará, que, em comparação com a tarifa média brasileira (R$/MWh), superam em 39,1% e 19%, respectivamente.
Os dados constam do levantamento com as principais características da indústria nos 26 estados e no Distrito Federal, divulgados pela CNI nesta segunda-feira (24), véspera o dia em que se comemora a indústria nacional, 25 de maio.
No estado, a federação tenta reduzir os encargos tributários sobre a energia elétrica, na tentativa de reduzir o valor da conta.
“Defendemos no Supremo Tribunal Federal (STF) a tese de se ter um teto de tributação para energia, entre 12% e 18%, no máximo. Hoje, no estado, pagamos 30%”, explica Gustavo de Oliveira, presidente da Fiemt.
A redução do custo com energia elétrica é um dos projetos que o setor da indústria tem se empenhado nos últimos anos. Na outra ponta, a indústria mato-grossense tem se dedicado aos investimentos em energia limpas.
“A agenda de energética barata tem que avançar no país. Não só a elétrica, mas o gás, a solar, sendo energias limpas”, reforça Gustavo.
A federação também se posiciona contra a taxação da energia solar, requerida pelas concessionárias elétricas, com a cobrança de ICMS sobre o uso do sistema de distribuição.
“Se continuar como está, terá o dia em que vai tributar o ar e os pensamentos. Só a intenção já vai gerar uma taxa. É preciso entender que quanto mais aumento a tributação, mais incentiva a sonegação e menos temos desenvolvimento. Somos contra a tributação de matrizes energéticas limpas. O Brasil tem é que incentivá-las”, defende Gustavo de Oliveira.