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Economia Quarta-feira, 02 de Junho de 2021, 10:19 - A | A

Quarta-feira, 02 de Junho de 2021, 10h:19 - A | A

FRUSTRAÇÃO

Produção de algodão recua 33,4% frente a 2020

A cotonicultura mato-grossense é a produção mais prejudicada pela seca até agora. Na nova estimativa para safra (2020/21), houve redução de 33,38% na produção, devido à queda prevista na produtividade, conforme aponta o 9ª boletim de estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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Assim como na segunda safra de milho, o reajuste na projeção da produtividade e consequente revisão na previsão de produção do algodão já era aguardado. As áreas de cultivo de algodão foram consolidadas em 942,37 mil de hectares, sendo este o resultado da soma das lavouras de primeira safra (135,89 mil hectares) e segunda safra (806,48 mil hectares).

Dependendo do período cultivado, o algodão apresenta resultados distintos em relação ao rendimento nas áreas plantadas. O agricultor que conseguiu semear dentro período ideal (até o fim de janeiro) encontra-se em situação mais vantajosa. Por outro lado, aquele que estendeu o prazo até a segunda quinzena de fevereiro, contabiliza perdas. Segundo o Imea, cerca de 20% da área total da safra foi semeada fora do período ideal.

“As áreas semeadas dentro do período ideal do algodão vêm apresentando condições favoráveis até aqui, principalmente para o algodão safra, que em algumas regiões o potencial produtivo poderá ultrapassar as 300 @/ha de algodão em caroço. Já as áreas semeadas depois da segunda quinzena de fevereiro apresentam resultando no encurtamento do potencial produtivo das plantas e, consequentemente, na produtividade”, relata o Imea.

A estimativa para a produtividade foi revisada para 279,07@/ha, recuo de 1,29% em relação ao relatório passado. Com esse ajuste, a produção da safra 2020/21 ficou estimada em 3,94 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1,62 milhão de toneladas de pluma de algodão, o que representa uma diminuição de 33,38% ante a safra 2019/20.

Embora as projeções desta temporada sejam de redução, o superintendente do Imea fala de um cenário favorável para a agricultura como um todo.

“Apesar das quedas no algodão e milho, o cenário para a próxima safra é otimista. Isso porque a demanda segue forte e as exportações estão boas. Além disso, a logística em nosso estado vem, aos poucos, melhorando”, destaca Daniel Latorraca.

Ainda conforme o especialista, a disponibilidade de áreas de pastagens aptas para o cultivo sustenta a previsão de crescimento do agro no estado. “Atualmente, Mato Grosso tem 14 mil hectares de área de pastagem aptas para agricultura”.

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