Ceifadora de quase 4,5 mil almas mato-grossenses, a covid-19 continua avançando no estado e faz mais vítimas a cada hora. Apesar da agressividade da doença, é grande o número de negacionistas que ainda questionam sua existência ou, quando não o fazem, minimizam seus riscos, a classificando como uma ‘gripezinha’, perigosa apenas aos velhos ou aos que têm alguma comorbidade. A realidade, porém, é diferente.
O Painel Interativo Covid-19, disponibilizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), mostra que Mato Grosso já registrou, durante a pandemia, 27.045 pacientes internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com suspeita ou confirmação de covid-19. Destes, 41,7% não tinham nenhuma comorbidade - doenças pré-existentes e que podem agravar o quadro das pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
O documento rechaça a falsa ideia de que apenas idosos precisam de internação. Neste período de pandemia, já ficaram internadas 537 crianças com até 5 anos de idade. Na faixa de 6 a 10 anos, foram 122 internações. Entre 11 e 20 anos de idade, Mato Grosso registrou 448 hospitalizações.
O relatório também mostra que 1.553 jovens, com idades entre 21 e 30 anos, precisaram ser internados devido à doença. Na faixa de 31 a 40 anos foram 3.280 pacientes internados. O estado registrou a internação de 4.314 e 5.198 pessoas nas faixas de 41 a 50 anos e de 51 a 60 anos, respectivamente.
Entre os idosos, o painel apresenta 5.089 internações de pessoas com idades entre 61 e 70 anos; 3.950 casos na faixa de 71 a 80 anos e 2.554 para pessoas acima de 80 anos.
A pandemia não acabou, ainda que festas e eventos estejam liberados. Para aqueles que optam por não ficar em casa, ou que não possuem outra escolha, as medidas de biossegurança continuam a valer para evitar o contágio pelo vírus, que voltou a crescer após a 46ª semana epidemiológica.
São tempos delicados, perigosos, nos quais um simples abraço pode representar sentença de morte. As vacinas que podem prevenir a infecção ainda não estão disponíveis para a população brasileira. Por isso, a melhor maneira de garantir a sua saúde, e de todos ao seu redor, é seguir as orientações científicas, por mais que não goste delas.
Tome cuidado com informações falsas ou inverídicas, que podem colocar em risco a sua saúde e de sua família. Achismos e opiniões também não devem ser levados em consideração.
Trata-se de uma doença nova, que ainda está sendo estudada e que já demonstrou que pode haver casos de reinfecção. Os efeitos de longo prazo ainda estão sendo descobertos. Por isso, o melhor remédio continua sendo a prevenção.