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Geral Quinta-feira, 29 de Outubro de 2020, 17:10 - A | A

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COVID-19

Governo usou somente 40% dos testes de diagnóstico prometidos

Metrópoles

Desde o começo da pandemia de Covid-19, 18,5 milhões de testes – entre RT-PCR e os rápidos – foram feitos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. O número, repassado em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (29/10), está bem abaixo dos 46 milhões prometidos pela pasta ainda no início da pandemia.

O secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Medeiros, afirma que o Executivo está fortalecendo a rede de laboratórios a fim de conseguir processar os exames. “Nossa perspectiva é continuar testando a população e garantir que, nas unidades básicas onde são coletadas as amostras, não faltem kits para os testes serem realizados”, assinala.

Porém, o secretário afirma que, além da disponibilidade dos exames, é preciso que o médico faça a prescrição do teste. “Ao governo, cabe disponibilizar o kit, para que, quando houver prescrição, o paciente realize o exame e tenha o resultado o mais rápido possível”, frisa. A testagem, o isolamento dos pacientes infectados e o monitoramento dos casos suspeitos são medidas consideradas essenciais para conter a disseminação da epidemia.

Questionado sobre quando pretende bater a meta estipulada pelo próprio governo e o motivo da lentidão na aplicação, Medeiros não respondeu.

O número inicial de testes a serem adquiridos pela pasta era de 23,9 milhões. Em abril, o ministério ampliou a promessa para 46,2 milhões.

Até o momento, os estados que mais receberam testes RT-PCR, considerado o padrão ouro entre os exames para detectar o coronavírus, foram Rio de Janeiro (1.230.848), São Paulo (1.180.796) e Paraná (969.024).

Outra informação importante é a porcentagem de testes positivos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma taxa positiva estaria entre 3% e 12% dos testes. Segundo o Ministério da Saúde, 42,9% dos exames feitos no Brasil são positivos, o que indicaria uma falha na política pública de testagem.

Investimento recorde em vigilância

O secretário anunciou, entretanto, que a vigilância epidemiológica será reforçada com novos investimentos. O programa Vigiar SUS receberá R$ 1,5 bilhões para fortalecer a rede de laboratórios centrais, a vigilância sentinela das síndromes respiratórias, o serviço de verificação de óbito e as equipes de pronta resposta da rede nacional de vigilância epidemiológica.

A ideia é melhorar a capacidade de resposta às emergências em saúde pública e criar estratégias de segurança nacional para ameaças à saúde.

Também serão custeados pelo pacote investimentos em salas de vacina, câmaras refrigeradas para transporte de imunizantes e um estudo de prevalência da Covid-19 na população brasileira, que deve colher exames de 600 mil indivíduos.

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