O técnico António Oliveira se irritou com a atuação de seus jogadores contra o Flamengo, especialmente no primeiro tempo da partida disputa no domingo, 3 de dezembro, no Maracanã. O Dourado acabou derrotado por 2 a 1, mas ainda assim conquistou uma vaga na Copa Sul-Americana de 2024, devido a uma combinação de resultados.
Em entrevista coletiva após o jogo, Oliveira deixou evidente a bronca com seu plantel. O técnico enfatizou que não há justificativas para o time fazer um primeiro tempo tão ruim, mas avalia que sua equipe conseguiu se recuperar após a conversa nos vestiários durante o intervalo.
“Eu concordo com a análise relativamente ao relaxamento, mas não posso estar de acordo com o que ocorreu no primeiro tempo. Não há justificativa, independente se os objetivos estarem garantidos. A diferença do primeiro tempo para o segundo se resume em uma palavra: atitude. Aquilo que não tivemos no primeiro, tivemos no segundo. Fomos iguais à nós mesmos. Perdemos no primeiro tempo, ganhamos no segundo, mas acabamos perdendo o jogo pelo somatório dos gols”, apontou.
Aos jornalistas, Oliveira ressaltou que a conquista do principal objetivo da temporada, que era a permanência na Série A, jamais pode ser um motivo para que seus jogadores relaxem em campo. Ele enfatizou que é preciso dar uma resposta à torcida no jogo de quarta-feira, 6, que marcará o encerramento da temporada.
“Não posso em nenhum momento de tolerar este tipo de comportamento. Nós não entramos de férias. Há um compromisso grande com o clube, com o torcedor, com a cidade e com o estado. Agora só temos um caminho na quarta-feira, porque nós não estamos de férias. É darmos a resposta certa no momento certo, porque a última imagem é a que fica”, afirmou.
Apesar de reconhecer as falhas de seu time, Oliveira também fez reclamações contra a arbitragem da partida, encabeçada por Rodrigo José Pereira de Lima. O Cuiabá sofreu dois pênaltis no segundo tempo, mas um deles foi anulado após consulta do VAR, porque o árbitro entendeu que Raniele cavou a falta. Mais tarde, porém, Clayson sofreu uma falta de Varela e o árbitro marcou o pênalti, que foi convertido pelo atacante.
Além da confusão com os pênaltis, Oliveira reclamou do pouco tempo de acréscimo no segundo tempo e voltou a falar que as decisões da arbitragem são influenciadas pela camisa dos jogadores.
“Ele marca o segundo pênalti porque não marcou no primeiro. É tão óbvio que é pênalti que ficou quase cinco minutos para decidir. Sete minutos de acréscimos? Não são suficientes. Sabe porquê? Foram dez substituições. Foram dois VAR, dois tempos de hidratação e uma despedida. Porque sete minutos? Porque estamos jogando no Maracanã contra o Flamengo. Isto também seria aplicado se estivéssemos no Allianz contra o Palmeiras, porque é o Cuiabá”, concluiu.
PRÓXIMO COMPROMISSO
O Cuiabá volta a jogar na quarta-feira, 6, quando receberá o Athletico Paranaense para o último jogo desta temporada, na Arena Pantanal. A bola rola a partir das 20h30 (horário local). Uma vitória na partida serve apenas para engordar a premiação do Cuiabá no Brasileirão, já que cada posição na tabela rende cerca de R$ 2,5 milhões a mais no prêmio.
