Ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques disse durante uma entrevista que o "jornalismo opressor" foi o responsável pela não divulgação do que ele fez de bom.
"Não foi capitalizado. A comunicação é muito importante. Naquele momento, fizemos a melhor licitação de comunicação, mas nós não tinhamos dinheiro para pagar e mostrar o que estava sendo feito. Pessoas que não fizeram nada foram citadas. Em outros países, isso é chamado de jornalismo opressor. Do que é mostrado aquilo que não é verdadeiro", disse o ex-governador, durante entrevista ao jornalista Andersen Navarro.
Pedro Taques esteve governador de Mato Grosso entre 2015 e 2018, mas não conseguiu se reeleger, mesmo com a máquina pública em mãos. Sua gestão foi marcada por atrasos no repasse do duodécimo aos Poderes, escalonamento de salários e recusa de reajuste salarial dos servidores.
Além disso, ainda houve o escândalo dos grampos, no qual políticos adversários, empresários, jornalistas, médicos e advogados tiveram seus telefones interceptados ilegalmente, com uso de policiais militares em violação à lei e indução do Judiário a erro.
Com o discurso anticorrupção, também teve em sua gestão o escândalo da Seduc, investigado na Operação Rêmora, deflagrada pelo Gaeco e que escancarou fraudes no processo licitatório na Educação.
Mas, aparentemente, toda a má gestão do ex-governador - que foi prontamente respondida nas urnas pela população - foi culpa da imprensa. "Por sorte", Taques declarou não ter mágoas da imprensa opressora mato-grossense.