Taiza Tosatt, alvo principal da “Operação Cléopatra” se tornou ré após a Justiça acolher a denúncia do Ministério Público em desfavor não só dela, mas também do seu ex-marido e ex-policial federal Ricardo Mancielli Souto Ratola e do médico Diego Rodrigues Flores por um esquema de pirâmide financeira em Cuiabá. A decisão é do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
A operação foi deflagrada em outubro deste ano e, segundo informações da Polícia Civil, Taiza era proprietária da empresa DT Investimentos e usava as redes sociais para atrair as vítimas, se valendo da sua beleza e “sucesso” como especialista em investimentos financeiros para atrair as vítimas.
Ainda segundo a investigação, a DT Investimentos prometia lucros de 2% a 6% ao dia. A empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos superiores a R$ 100 mil para entrar no esquema da pirâmide.
Para manter as vítimas no esquema, elas recebiam retorno financeiro nos primeiros meses e eram convencidas a fazerem maiores investimentos.
Contudo, após vários investimentos, os valores começaram a não ser repassados mais e quando as vítimas iam tirar satisfações, a empresária inventava desculpas até não responder mais os contatos.
Na casa da investigada, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram munições, joias, anabolizantes, celulares e no total o valor chega a quase meio milhão de reais.
Taiza teve sua prisão convertida em preventiva no dia 2 deste mês.
Ao total, o prejuízo causado pela pirâmide financeira encabeçada pela “Cleópatra” chega a R$ 2,5 milhões.
O ex-policial federal, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.