O promotor Marcos Regenold Fernandes, que tem acompanhado o caso da morte de Isabele Guimarães Ramos, 14, que foi morta com um tiro na cabeça no dia 12 de julho deste ano em uma residência no condomínio Alphaville I em Cuiabá, acredita que as provas técnicas colhidas até o momento a respeito da morte da adolescente, leva o crime a ser tratado como homicídio doloso (quando há intenção de matar), e não culposo como alega a família dos envolvidos no crime.
Segundo o promotor, o laudo da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foi esclarecedor e mostrou que o disparo que aconteceu na residência do empresário não foi acidental, e sim, houve uma intenção do ato, diferentemente do que alega a adolescente autora do disparo.
Regenold acrescenta que o depoimento da garota, não condiz com a realidade levantada até o momento pelas investigações conduzidas pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e também da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) e pelos laudos emitidos pela Politec.
Marcos também alega, que mesmo que ainda não seja conseguido levantar efetivamente a motivação do crime, os envolvidos poderão ser denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelo crime de homicídio, já que existe uma autoria e materialidade.
Além da culpa da autora, os pais dela também são investigados pelo crime. A Politec deve encaminhar nesta sexta-feira (28) a conclusão do laudo da reprodução simulada do crime que aconteceu no dia 18 de agosto e durou mais de seis horas.
Após o laudo, o delegado Wagner Bassi, da DEA deverá concluir o inquérito e encaminhar ao Ministério Público Estadual (MPE) que deverá oferecer a denúncia contra os envolvidos. O caso completa nesta sexta-feira 46 dias e até o momento ninguém foi detido pela morte de Isabele.