O Ministério da Saúde do Chile apresentou nesta sexta-feira (16) dados do primeiro estudo oficial no país sobre a Coronavac. De acordo com o governo, a vacina contra Covid da Sinovac teve 67% de eficácia para prevenir casos sintomáticos de coronavírus e 80% para evitar mortes.
O estudo chileno foi realizado com 10,5 milhões de pessoas, que receberam a vacina entre 2 de fevereiro e 1º de abril.
O estudo também mostra uma eficácia de 85% para prevenir uma hospitalização derivada de um caso grave de coronavírus e de 89% para evitar a internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
"Estes números devem transmitir tranquilidade ao país", afirmou o ministro da Saúde, Enrique Paris, ao apresentar os resultados do estudo.
Dados diferentes do Butantan
O Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a Sinovac em São Paulo, apresentou os dados do estudo da Coronavac no Brasil no dia 11 de abril. Diferente da pesquisa chilena, a brasileira trabalhou com menos testados: foram 12.396 participantes, imunizados entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020.
Enquanto no estudo chileno a prevenção de mortes entre os que tomaram a vacina foi de 80%, no brasileiro essa eficácia chegou a 100%, uma vez que nenhum voluntário morreu de Covid-19.
A eficácia contra casos sintomáticos de Covid-19 também foi diferente: no estudo brasileiro foi de 50,7%, contra 67% no estudo chileno.
Vacinação no Chile
O Chile é um dos países do mundo com o processo de vacinação mais acelerado. O país já aplicou pelo menos uma dose do imunizante em 7,6 milhões de pessoas. Mais de cinco milhões receberam duas doses.
O objetivo das autoridades é vacinar 80% da população chilena, ou seja, 15,2 milhões de pessoas. Até o momento, 33,7% dos chilenos receberam as duas doses.
Dos vacinados, 90,7% receberam a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, enquanto pouco mais de 9% receberam a vacina Pfizer/BioNtech.
O processo de vacinação no Chile começou em 24 de dezembro com os profissionais da saúde. No início de fevereiro, a campanha geral teve início, em um primeiro momento com as pessoas de mais de 90 anos e depois com a redução progressiva da faixa etária.
Esta semana estão sendo vacinadas as pessoas com 49 e 48 anos.