Cuiabá, 23 de Maio de 2025
DÓLAR: R$ 5,70
Icon search

CUIABÁ

Opinião Quarta-feira, 05 de Maio de 2021, 10:40 - A | A

Quarta-feira, 05 de Maio de 2021, 10h:40 - A | A

EDITORIAL - 05/05/2021

Luz no fim do túnel

Os benefícios da vacinação contra a covid-19 já podem ser vistos no Brasil, mesmo que todo o processo esteja caminhando aos trancos e barrancos. Até agora, vidas estão sendo salvas pelo poder da ciência e a dedicação inabalável do ‘exército de branco’, sem nenhum relato de ‘jacarés mutantes’ circulando pelo Brasil.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias em tempo real (clique aqui)

Estudo divulgado recentemente pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) mostra que a vacinação já fez o número de mortes entre idosos com 80 anos ou mais cair mais da metade em todo o país. Antes da campanha de imunização, em janeiro deste ano, a taxa de mortalidade nesta faixa etária era de 28%. No final de abril, a taxa já era de 13%.

A notícia também é boa para aqueles profissionais que se dedicaram diuturnamente a salvar vidas durante este duro ano que passamos. Levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que houve uma queda de 83% no número de médicos mortos desde o começo da campanha de vacinação. Em janeiro, 59 profissionais morreram no país. Já em março, foram 10.

Entre os profissionais de enfermagem, a queda foi menos acentuada, mas nem por isso foi pouca. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), houve redução de 71% nas mortes de enfermeiros em abril, com 24 óbitos registrados. No mês anterior, considerado o mais letal da pandemia no Brasil, 83 profissionais de enfermagem perderam a vida para o coronavírus.

Os números confirmam aquilo que temos falado desde o começo da pandemia: a vitória sobre o vírus se dará por meio da vacina, seguindo as orientações da ciência. Todas as indicações científicas até agora, sem exceção, ajudaram a salvar vidas. Desde a famigerada (embora necessária) quarentena até a vacinação em massa.

Não há dúvidas de que a campanha nacional de imunização poderia fluir de forma muito melhor se não fossem os tropeços constantes do Ministério da Saúde, que levaram à falta de vacinas para aplicação da segunda dose em cidades de 18 estados. Poderíamos também estar mais adiantados na imunização, se nossas autoridades de saúde tivessem aproveitado as oportunidades que tiveram para comprar vacinas. Mas, águas passadas não movem moinhos.

Temos provas claras de que a vacinação está surtindo efeito e nos ajudando a vencer esse terrível inimigo. Precisamos agora direcionar todos os esforços no sentido de garantir mais vacinas para acelerar ainda mais a campanha de imunização. A vitória está a caminho, sigamos com fé na ciência!

Cuiabá MT, 23 de Maio de 2025