Amanhecemos na segunda-feira envolvidos numa tragédia. Em Sorriso, quatro mulheres, mãe e filhas, foram brutalmente assassinadas. Ainda pela manhã soubemos dos detalhes que a todos indigna e fere na alma. Como entender essa atrocidade e seguir apesar dela são questões que martelam e, nesse momento, faz cada pai e mãe abraçar seus filhos no lar, aterrados pela notícia.
Entretanto, quero refletir esse episódio como policial militar. Pense você que me lê quantas vezes esse canalha foi preso pela PM? Pense você que, mais de uma vez ele cometeu crimes, essa mesma pessoa não poderia estar livremente nas ruas. O crime de estupro tem ser classificado como prisão eterna neste país, pois nem mesmo os “bandidos” concordam com esse tipo de delito. É meus irmãos nosso Pais precisa urgente de mudanças nas legislações e esse bandido se vestiu uma capa de trabalhador e se misturou a operários a fim de barbarizar quatro mulheres, entre elas, menores... criança.
Se a maldade humana não tem remédio àqueles que não têm coração, sejam as leis então a nos proteger desse mal, com poder para encerrar nas grades perpetuamente. Que episódios como esse sejam, portanto, um clamor por leis duras. Leis inflexíveis a quem perdeu a humanidade e, por isso, não pode retornar à convivência social.
Se é perpétua nossa dor, que seja perpétua a pena para crimes como esse que nos ferem a quente, assim como marca de forma indelével Sorriso.
Naquilo que nos cabe, mais uma vez o trabalho policial foi feito, rápida e eficientemente. Porém, até quando?
Deixo, por fim, minha profunda solidariedade e integral disposição da PM aos familiares, vizinhos das vítimas e toda população de Sorriso. Não esmoreceremos jamais.
Alexandre Mendes - Cel PM
Comandante-Geral da PMMT