O delegado suplente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT), Vilso Gabriel Brancolione, foi preso por roubar uma borracharia e atear fogo em pneus para trancar uma rodovia. O caso foi registrado na madrugada desta quarta-feira (23), em Nova Mutum (240 km de Cuiabá). Vilso estava acompanhado de mais dois criminosos, que o auxiliaram na ação. Os suspeitos atiraram contra os policiais ao serem flagrados tentando bloquear a BR-163.
De acordo com o boletim de ocorrência, Vilso e seu comparsas chegaram à borracharia e apontaram uma arma contra a dona do local. A mulher ficou assustada e os criminosos roubaram os pneus que estavam estocados lá.
A vítima chamou a Polícia e informou aos agentes o que havia acontecido e também passou as características do carro dos suspeitos. Os policiais saíram à caça dos homens e viram, ao longe, uma coluna de fogo criada por eles ao incendiarem os pneus.
Os agentes desligaram o giroflex e se aproximaram silenciosamente dos suspeitos. Os homens viram os policiais e um deles atirou nos agentes antes de o trio começar a fugir. No caminho, os policiais atiraram contra o pneu da caminhonete para forçar a parada dos suspeitos.
Durante a perseguição, o carro dos criminosos saiu da rodovia e foi para uma estrada de chão, em uma região de chácaras e outras propriedades rurais. Eles conseguiram ganhar distância da polícia e abandonaram o carro em uma chácara.
Os policiais acharam o veículo e durante revista encontraram munição, um isqueiro e uma garrafa de bebida, além de documentos pessoais dos homens.
Os policiais ficaram no local por vários minutos, procuraram os suspeitos, mas não os encontraram devido à falta de visibilidade.
Enquanto aguardavam a chegada do reforço, os policiais viram o trio sair do mato, se rendendo.
Durante uma revista aos suspeitos, os agentes não encontraram a arma usada para o roubo da borracharia.
Os três foram levados à delegacia e o caso é investigado.
Não é o primeiro
Vilso não é o primeiro membro da Aprosoja a participar de atos antidemocráticos. O presidente licenciado da Aprosoja e candidato derrotado ao Senado, Antônio Galvan, já financiou atos antidemocráticos. No ano passado, ele foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal por incentivar a invasão do Congresso e a deposição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A própria Aprosoja também é investigada pela Polícia Federal pelo financiamento de atos contra à democracia.