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Polícia Quarta-feira, 19 de Agosto de 2020, 11:43 - A | A

Quarta-feira, 19 de Agosto de 2020, 11h:43 - A | A

CASO ISABELE

Empresária acredita que morte de sua filha ocorreu por ciúmes; Assista

Jefferson Oliveira Cuiabá

A empresária Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe de Isabele Ramos que foi morta com um tiro na cabeça no último dia 12 de julho, não quis acompanhar a reprodução simulada. A reconstituição foi realizada no local do crime, em uma casa situada no condomínio de luxo, Alphaville I, em Cuiabá, na noite desta terça-feira (18), e adentrou a madrugada desta quarta (19). Embora não tenha participado da simulação, Patrícia conversou com a imprensa e disse acreditar que sua filha foi morta por ciúmes.

Patrícia ficou em sua casa enquanto policiais e peritos estavam no local onde Isabele foi morta e, em entrevista, ela contou que a autora do disparo - uma adolescente da mesma idade de sua filha - tinha uma relação conturbada com o namorado, responsável por ter levar a arma para o local do crime, segundo o inquérito policial.

“O motivo pode ser um ciúme, até porque a minha filha sempre me dizia que o namorado e ela (autora do disparo) tinham um relacionamento conturbado. O que eu penso como mãe é que, se essa garota não tivesse acesso a uma arma, se ela não soubesse praticar tiro, ela ia ter mandado a minha filha ir embora e de repente a minha filha teria voltado aquele dia”, disse Patrícia com exclusividade ao repórter Bruno Pinheiro da TV Vila Real. (Veja o vídeo abaixo).

Em outro ponto da entrevista, Patrícia cita o comportamento da adolescente suspeita de ter dado o disparo que, segundo a empresária, não se mostrou emocionada. A garota não participou da reprodução simulada, pois, de acordo com a sua defesa, não se encontra emocionalmente preparada para o ato e que a mesma está passando por tratamentos psicológicos.

Para chegar a essa conclusão, Patrícia cita o depoimento da adolescente prestado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) dois dias após o crime. Na oitiva a adolescente conta a sua versão de como aconteceu os fatos na fatídica noite, mas em nenhum momento chorou ou se mostrou sem condições para narrar o caso para a autoridade policial.

"Não me surpreende ela não ter vindo e ter alegado problemas psicológicos e depois que assisti o depoimento dela várias vezes, uma coisa que fiquei muito impressionada foi que ela sendo amiga da minha filha ela não se mostrou em nenhum momento emocionada. Ela aliás, foi bem fria", detalhou a empresária.

Adolescente ausente na reprodução simulada

Desde o dia do ocorrido, a família da autora do disparo alega que todos que estavam na residência no dia da morte de Isabele estão abalados emocionalmente e chegaram a deixar a residência onde tudo aconteceu.

A defesa do dono da residência, patrocinada pelo advogado Ulisses Rabaneda, apresentou um laudo afirmando que a adolescente apontada como responsável pelo tiro não teria condições de participar da reprodução simulada, pois tem apresentado sintomas frequentes de ansiedade e estresse.

A psicóloga que atende a adolescente orientou que a garota continue o tratamento psicológico sem previsão de alta e que, se a mesma participasse ontem da reconstituição dos fatos, poderia acontecer crises de ansiedade, pânico, bloqueio, crises de choro e tremores, trazendo interferência negativa para saúde da adolescente e para a qualidade do resultado esperado para a reconstituição.

A suspeita de ter dado o tiro tem realizado acompanhamento com psicóloga e com psiquiatra.

*Nomes dos envolvidos preservados em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

 

https://youtu.be/wnRFBlEKtrk

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