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Polícia Terça-feira, 12 de Dezembro de 2023, 13:10 - A | A

Terça-feira, 12 de Dezembro de 2023, 13h:10 - A | A

APÓS TRÊS SEMANAS

Laudo da Politec dá detalhes sobre homens mortos no Shopping Popular

Da Redação

Após quase 20 dias da execução do empresário Genilson Rosa dos Santos, de 43 anos, e do vendedor Cleyton de Oliveira de Souza, de 27, o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) traz mais detalhes do crime que chocou a capital no dia 23 de novembro deste ano. Confirmando muitas suspeitas, o laudo da Politec atestou que Genilson e Cleyton foram mortos com um tiro cada um.

A informação consta no documento, ao qual o Estadão Mato Grosso teve acesso. Genilson foi baleado na nuca e o tiro saiu pelo olho, enquanto Cleyton foi baleado na lateral da cabeça. A munição ficou alojada em sua cabeça.

 

Conforme noticiado pela reportagem, à época dos fatos, o assassino entrou calmamente no Shopping Popular, matou os dois e fugiu em seguida, estando foragido até hoje.

Ele usava uma camisa rosada e fugiu até a Travessa Professora Silva Pontes, cruzamento com a Rua Pimenta Bueno. Neste local, o criminoso abandonou a camisa que usava, dificultando, desta forma, a ação dos policiais.

PROCURA INCESSANTE

Na semana passada, o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comentou sobre o assunto.

“As investigações estão caminhando, a população está ajudando, os próprios lojistas do Shopping também têm interesse na elucidação deste crime, até para poder resguardar a imagem do Shopping Popular e trazer mais segurança para os próprios lojistas. Todo mundo está auxiliando e as investigações estão evoluindo”, declarou o delegado.

A motivação do crime está sendo investigada e deve ser revelada ao longo dos dias.

OUTROS CRIMES

No dia 19 de dezembro do ano de 2022, outro empresário foi morto no Shopping Popular, a mando da facção Comando Vermelho. Josionaldo Ferreira de Araújo, o "Naldo do Tereré" teve sua morte decretada por estar vendendo cigarros contrabandeados sem a autorização da facção criminosa.

A informação foi revelada pelo delegado Bruno Abreu Magalhães durante coletiva de imprensa realizada na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na região central de Cuiabá.

“No final da investigação, nós chegamos a uma motivação, que foi a venda de cigarros contrabandeados. A vítima optou por fazer essa prática ilícita e não estava obedecendo às diretrizes do Comando. No sentido que o Comando Vermelho, além do tráfico de drogas, ele conta com essa diversidade de renda, no caso, o cigarro do Paraguai. E a vítima estava vendendo o cigarro por conta própria”, explicou o delegado.

Apesar de ter sido morto pela facção, Naldo não era um de seus membros, conforme destacou o delegado.

As investigações também apontaram que Naldo foi alertado diversas vezes pelo Comando Vermelho, para que suspendesse a atividade. Os "avisos" teriam sido feitos por mensagens e visitas dos integrantes na loja física do empresário. Mesmo com os avisos da facção, Naldo continuou com a venda, o que teria irritado os criminosos e motivando sua morte.

 
 
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