Patrícia Guimarães, mãe da adolescente assassinada no condomínio Alphaville, Isabele Guimarães, divulgou nota na tarde desta quarta-feira (20), sobre a condenação da atiradora, que tirou a vida de Isabele. No texto, ela afirma que o namorado da assassina andava armado de forma rotineira, inclusive na escola.
Patrícia relaciona a acusação com o fato da atiradora, a família dela e o namorado cultuarem armas.
“Esse menor levava a arma para a escola, na mochila junto com biscoitos! Então não foi só uma ocasião como alegaram sendo um descuido, era uma conduta corriqueira, contumaz, sair de casa pela cidade, na escola, supermercados e outros lugares com a arma na mochila e posar de xerife nas fotos”.
Sobre a decisão, Patrícia disse que Justiça foi “assertiva”. Na decisão, a juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, disse que o crime cometido pela atiradora “estampou frieza, hostilidade, desamor e desumanidade”. A decisão é de terça-feira (19) e a internação foi realizada no mesmo dia.
“[A juíza] listou de forma clara e objetiva a conduta criminosa, fria, hostil e desumana, da menor que assassinou a minha filha cruelmente, não se deixando levar pela farsa que desde o primeiro momento a família da menor infratora insistiu em montar”, disse Patrícia.
Patrícia também acrescenta que a filha, Isabele, é quem foi vítima e não a família da atiradora, que segundo ela, tenta se passar por “perseguidos e ameaçados”.
Ainda segundo Patrícia, no dia em que o menor levou a arma para a casa da família, a pistola circulou livremente nas mãos dos adolescentes com o consentimento dos pais.
“As cenas e imagens já publicadas mostram exatamente a veneração do culto às armas pelas famílias envolvidas nesse crime”.