Mais de dois meses se passaram desde a morte do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Renato Gomes Nery, e, até o momento, nenhum culpado pela morte do jurista foi preso. O quebra-cabeça da investigação, que vem se mostrando mais complexo do que parecia, continua e nesta quinta-feira (12), policiais da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão realizando a reconstituição do caso.
O desenrolar da reconstituição foi registrado pela reportagem do Estadão Mato Grosso. Renato foi morto na porta do seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no dia 05 de julho deste ano e as equipes se concentram, ao menos neste momento, na rua que passa atrás do escritório e por onde o assassino teria foragido após assassinar Renato. (Veja vídeo abaixo).
BREVE, MAS NEM TANTO...
Três dias após o crime, o delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação, deu uma declaração onde afirmou esperar uma conclusão breve do caso já que o assassino de Nery não tomou cuidado e não estudou suficientemente o local.
Poucos dias depois, uma operação contra um policial aposentado e principal suspeito do crime foi deflagrada. Porém, a operação, não parece ter rendido frutos já que, segundo fontes da reportagem, a investigação estaria parada.
Ainda à época, o policial suspeito do crime declarou à reportagem do jornal A Gazeta que não conhecia o advogado e alega inocência.
“O delegado precisa me explicar de onde que surgiu o meu nome nessa investigação, eu nunca conheci o Renato Nery e não estava em Cuiabá quando ele foi morto”, declarou à época.
SOMBRA DA FACÇÃO
Ainda à época da investigação, membros do Comando Vermelho foram alvos da DHPP por suposto envolvimento na morte de Nery. À imprensa, o delegado afirmou ainda na época que o cerco estava se fechando contra os responsáveis do crime.
CONFLITOS AGRÁRIOS
Renato Nery ajuizou, meses antes de ser executado, reclamação disciplinar contra o desembargador afastado Sebastião Moraes, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nery alegou que o desembargador estaria tentando, junto com outros advogados, tomar parte de seu patrimônio.
Segundo o documento, um grupo de juristas estava tentando “tomar” terras de Nery, que ele havia recebido como pagamento de honorários advocatícios. Porém, o pedido foi arquivado.
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