Os policiais Elder José da Silva, 39 anos, e o comparsa Cássio Teixeira Brito, 33 anos, foram presos acusados de executarem moradores em situação de rua em Rondonópolis na madrugada da última quarta-feira, 27. Durante a execução brutal dos homens, um dos policiais se feriu com a própria arma de fogo e foi para a Santa Casa da Misericórdia. A dupla foi flagrada pela câmera de segurança do hospital em que buscaram atendimento médico.
O videomonitoramento do hospital contribuiu para que os homens fossem identificados, pois ferimentos por disparo de arma de fogo são obrigatoriamente informados à polícia. E desta forma, a policia desvendou os executores dos moradores em situação de rua e o carro usado na ação.
Na ação, os policiais usaram um carro de luxo, Land Rover, sendo o mesmo veículo usado para levar o comparsa ferido ao hospital. Após a identificação dos suspeitos, o carro foi apreendido.
Os policiais assassinaram Odinilson Ladvoigt de Oliveira, de 41 anos, Thiago Rodrigues Lopes, de 37 anos. A ação também deixou mais duas pessoas feridas, Oziel Ferle da Silva e Willian Pereira de Oliveira Filho.
Em nota, o comandante da Polícia Militar, coronel Alexandre Correa Mendes, informou que um inquérito foi instaurado para apurar o caso e que a corporação não coaduna com nenhum tipo de violência.
Leia abaixo:
NOTA
A Polícia Militar de Mato Grosso informa que instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria-Geral contra os dois militares envolvidos em homicídios ocorridos, em Rondonópolis, nesta semana.
Um policial teve o mandado de prisão cumprido, nesta sexta-feira (29), na sede do 4º Comando Regional, onde está preso. A arma de fogo do policial não foi encontrada com ele, que alegou extravio, e uma sindicância foi instaurada.
O segundo policial está foragido e segue sendo procurado pelas forças policiais.
A PMMT reforça que não coaduna com nenhum tipo de violência e atos ilícitos praticados por membros da corporação e que todas as medidas cabíveis para punição dos envolvidos serão tomadas.
