As estratégias para as eleições do ano que vem estão a todo vapor nos bastidores e a adesão do PSL à base de apoio do governador Mauro Mendes (DEM) mexeu com o xadrez político em Mato Grosso. De uma hora para a outra, o ex-senador Cidinho Campos, agora filiado ao PSL, surgiu como um possível vice de Mauro em 2022, o que não é bem-visto por algumas lideranças aliadas. Uma das vozes contrárias é do deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), primeiro-secretário da Assembleia Legislativa.
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Botelho revelou que conversou sobre o assunto com o governador Mauro Mendes, mas ele só pretende entrar nas conjecturas políticas a partir do ano que vem. Ainda assim, o deputado destacou que a vinda do PSL e de Cidinho para a base de apoio do governo é importante, mas não como candidato a vice.
“Para o PSL e apoio ao governo sim, para vice não. Até porque não tem essa discussão ainda e, a princípio, não tem nenhum compromisso com Cidinho. Todos os grupos são bem-vindos, mas o momento não é de discussão ainda. A questão de vice não foi discutida e o governador garantiu isso que só vai discutir vice no ano que vem”, disse Botelho, em conversa com jornalistas nesta segunda-feira (14).
Botelho ressaltou que a vinda do PSL para base governista é bastante positiva, já que tem a maior bancada da Assembleia Legislativa e irá ajudar na aprovação de medidas propostas pelo governador. Não que o PSL estivesse votando contrário aos projetos do governo antes da adesão à base, mas agora há um compromisso.
Já sobre a escolha do vice, Botelho destacou que é importante construir um arco de aliança e iniciar as tratativas dentro do DEM antes de dialogar com outros partidos. Apontou ainda que 20 dos 24 deputados da Assembleia Legislativa são membros da base governista e, por isso, seus partidos querem ter voz tanto nas composições políticas quanto na condução do governo.
Mas o principal fator para Botelho se colocar contra Cidinho como vice é que o deputado defende a permanência de Otaviano Pivetta (sem partido) como vice, reeditando a chapa vencedora das eleições de 2018.
“Acho possível fazer a dobradinha e ele [Pivetta] ajudou o Mauro. O melhor vice é aquele que não perturba. Ele não perturbou e ajudou. acompanhando as secretarias, dando boas ideias. Ele contribuiu muito para o governo”, concluiu.