Um dia após reassumir o cargo de vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT) protocolou um pedido na Secretaria de Gestão de Pessoa da Câmara solicitando o pagamento do salário a partir do dia 6 do mês de dezembro, de R$ 18,9 mil. Até então, a vereadora que é servidora de carreira do estado, recebia somente os salários de gestora governamental, no valor de R$ 33,4 mil, e de professora da Unemat, de R$ 10,1 mil. Somados, a vereadora já recebe R$ 43,5 mil por mês.
"Sirvo-me da presente para solicitar os encaminhamentos necessários para o pagamento do subsídio de vereadora, a partir da data de 06/12/2023, com fundamento no art. 38, inciso III da Constituição Federal, que assim dispõe: Art 38. Ao senador público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: ill - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a nome do inciso antenor. Portanto, de forma diferente à anteriormente adotada, doravante, em razão da atual compatibilidade de horários (gozo de diversas férias acumuladas e de licenças de prêmios vencidas em ambos os cargos) solicito sejam adotadas as providências necessárias para pagamento do meu subsídio de vereadora, desde o meu retorno, de data acima mencionada", consta no documento.
Edna também recebe a Verba Indenizatória da Câmara no valor de 19,2 mil, além de R$ 2 mil em auxílio-saúde e gratificação de desempenho no valor R$ 6,6 mil.
A petista teve o seu mandato cassado no último dia 11 de outubro, por suposto esquema de "rachadinha" com a verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu, mas conseguiu retomar ao cargo após um mandato judicial, que apontou que a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara extrapolou o prazo de 90 dias para concluir o processo de cassação da vereadora, o que levou à nulidade do processo.