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Política Quarta-feira, 26 de Maio de 2021, 10:23 - A | A

Quarta-feira, 26 de Maio de 2021, 10h:23 - A | A

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Em vídeo, Mauro relata preocupação com 3ª onda e variante indiana: "estrago enorme"

O recente crescimento no número de novos casos de covid-19 e de hospitalização em Mato Grosso sinaliza o surgimento de uma nova onda de contágios. A avaliação partiu do governador Mauro Mendes (DEM), nesta terça-feira (25), em entrevista ao programa Manhã Bandeirantes, com o jornalista José Luiz Datena.

Mauro revelou uma preocupação especial com a chegada da variante indiana do coronavírus, considerada uma “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido ao seu alto poder de contágio e letalidade.

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Na avaliação de Mauro, houve um “descuido enorme” por parte do governo brasileiro na demora para impedir a entrada de viajantes que passaram pela Índia. A proibição só foi decretada no dia 14 de maio, 10 dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar a proibição.

“Tem algo diferente de voltando a acontecer e esta terceira onda, com a cepa indiana, que muito provavelmente já entrou no país. Foi um descuido gigante, deveríamos ter isolado todas as pessoas que tivessem origem na Índia para evitar que essa CEPA entrasse no nosso país. Isso pode fazer um estrago gigantesco na saúde, na vida e na economia do país”, pontuou.

Na avaliação de Mauro, os dados da pandemia mostram que o país já atravessa uma nova onda de contágios. Como exemplo, citou a ocupação dos leitos de UTI em Mato Grosso, que saltou de 76% para 87% em apenas três dias.

“Contra dados não há argumentos e o dado real é que há um nível de contaminação está crescendo no Brasil inteiro. No estado voltou a crescer. A taxa de ocupação das UTIs [...] chegou a 74% [...] e agora voltou a subir e já está acima de 80% novamente. O número de casos diários está crescendo e é fato que, pelos números que estão sendo divulgados, está voltando a crescer”, destacou.

O governador ainda afirmou que é difícil adotar medidas restritivas em Mato Grosso, pois há resistência por parte da população. Ele atribui esse comportando à ação precoce de alguns prefeitos, sem citar nomes.

“Isso estressou a população no tempo inadequado, e quando precisava fazer alguma medida distanciamento para diminuir e a população já estava um pouco cansada disso. Houve poucas paralisações no estado, o governo procurou não entrar muito nessa onda. A gente recomendou muito e fez toda a fiscalização e a gente pediu algum nível de contribuição da população de distanciamento, mas sem afetar muito as atividades econômicas, porque esse era o desejo da população. Então temos que respeitar”, pontuou.

Pelo decreto em vigor, o Estado deve adotar toque de recolher, entre 22h e 5h, em todo o território mato-grossense quando a taxa de ocupação das UTIs estiver acima de 85%. O decreto ainda prevê restrições no horário de funcionamento do comércio e proibição de venda de bebidas alcóolicas para consumo local. Essa medida busca evitar a lotação, principalmente de bares e restaurantes.

 

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