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Política Segunda-feira, 29 de Março de 2021, 10:16 - A | A

Segunda-feira, 29 de Março de 2021, 10h:16 - A | A

ENXUGANDO GELO

"Enquanto não houver isolamento social, não vai adiantar abrir leitos"

Jefferson Oliveira

O senador Carlos Fávaro (PSD) comentou na manhã desta sexta-feira (26) que a rejeição do ‘superferiado’ pela Assembleia Legislativa, em votação realizada na última terça-feira (23), não representa uma derrota política do governador Mauro Mendes (DEM).

Em conversa com jornalistas, Fávaro destacou que os políticos são representantes da vontade da população e que essa vontade deve ser respeitada. Só que, segundo o senador, a escolha feita pode ser prejudicial no futuro.

“Nós somos representantes do povo e temos que fazer aquilo que o povo quer. Mato Grosso tem o pior distanciamento social do Brasil, algo em torno de 29% da população está mantendo o distanciamento. Foi atendido o que o povo queria, agora o povo tem que ter consciência que isso vai ter consequências muito graves”, afirmou.

Fávaro afirmou que se a população não se conscientizar e reduzir a circulação, a crise atual não terá solução rápida. Mato Grosso enfrenta atualmente o pior período da pandemia: faltam leitos de UTI e há risco de faltar oxigênio e medicamentos para os pacientes com quadros graves de covid-19.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na última quinta-feira (25) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), Mato Grosso já registrou 297.712 casos e 7.168 óbitos por covid-19. Somente entre os dias 16 e 25 de março, a SES registrou 650 mortes pelo novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Governo de Mato Grosso abriu 547 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento dos casos graves da Covid-19. No entanto, na quinta-feira, a taxa de ocupação era de 98% para UTIs.

“Enquanto não praticarmos o isolamento social, não vai adiantar abrir leitos. E, nesse momento, o grande problema para colocar mais UTIs em funcionamento não é falta de recurso, é falta de profissionais especializados em terapia intensiva. Então, o isolamento social é mais do que necessário, é urgente”, alertou o secretário estadual de saúde, Gilberto Figueiredo.

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